Extremistas matam pastor e cristão durante ataque em culto na Nigéria

Cerca de 20 Fulanis invadiram o culto, atiraram no pastor e um um homem que havia abandonado o islamismo.

Fonte: Guiame, com informações de Morning Star NewsAtualizado: segunda-feira, 14 de julho de 2025 às 16:41
O pastor Emmanuel Na'allah Auta que foi morto na igreja. (Foto: Reprodução/Morning Star News)
O pastor Emmanuel Na'allah Auta que foi morto na igreja. (Foto: Reprodução/Morning Star News)

Extremistas islâmicos invadiram uma igreja e interromperam o culto ao atirarem em um pastor e outro cristão na Nigéria. Os homens morreram no local e uma mulher foi sequestrada.

No dia 7 de julho, cerca de 15 a 20 homens armados com sotaque da etnia fulani invadiram a Igreja Batista Bege na vila de Yaribori, no Condado de Kafur, e atiraram no Rev. Emmanuel Na'allah Auta e no cristão Mallam Samaila Gidan Taro.

Segundo fontes, o cristão falecido havia se convertido do islamismo e o pastor estava trabalhado para reconciliar as comunidades muçulmana e cristã da vila.

Assassinatos no estado de Plateau

Em Plateau, na região central da Nigéria, extremistas Fulani mataram 20 cristãos em uma área do estado durante o mês de junho. 

No Condado de Mangu, extremistas Fulani destruíram 96 casas de cristãos na vila de Gyambwas e mataram dois cristãos no dia 27 de junho, segundo relatos da moradora Esther Luka.

“Estes são os efeitos devastadores dos assassinatos de fulanis na Área de Governo Local de Mangu, no estado de Plateau”, disse Esther ao Morning Star News. 

“Na sexta-feira, 27 de junho, o pai do meu amigo, Rose Dapus, foi à sua fazenda com cerca de 15 cristãos contratados para cultivar a terra e plantar. No final do dia, ele pagou e dispensou os trabalhadores contratados, enquanto permaneceu com o filho para dar alguns retoques na fazenda. Foi então que os pastores atacaram os dois. O filho conseguiu correr e escapar para contar a história, mas o pai foi morto a tiros”, acrescentou.

Na comunidade de Manja, extremistas mataram três cristãos em 19 de junho enquanto trabalhavam em suas fazendas.

“Durante o ataque na aldeia de Manja, os terroristas não apenas mataram os três cristãos, como também incendiaram mais de 20 casas”, disse Mathew Kwarpo, deputado da Assembleia Legislativa do Estado de Plateau. 

Em 11 de junho, os Fulanis mataram oito cristãos na vila de Chicim: “Os pastores armados invadiram a comunidade, que fica a apenas 1,6 km da cidade de Mangu, e começaram a atirar nos cristãos que avistaram”, contou Jeremy Nyuwa.

E continuou: “E na aldeia de Bwai, outra comunidade cristã, os pastores atacaram cristãos no dia 10 de junho. Durante o ataque, sete cristãos foram mortos a tiros”.

‘Desumanos’

No condado de Bokkos, Fulanis, em conjunto com outros terroristas islâmicos, atacaram 13 aldeias majoritariamente cristãs desde maio, deixando 80 mortos e destruindo dezenas de residências. As autoridades militares confirmaram os ataques e mobilizaram tropas para as comunidades atingidas.

As aldeias de Tulus, Hokk e Juwan foram atacadas em 29 de junho, enquanto outras 10 comunidades foram invadidas em incidentes anteriores, nos dias 27, 26 e 2 de junho. Durante o ataque em Hokk, no dia 29, a casa de um pastor foi incendiada.

O presidente do Conselho de Governo Local de Bokkos, Amalau Samuel, descreveu os ataques como “bárbaros e desumanos”:

“Os agressores chegaram tarde da noite e começaram a matar pessoas inocentes. Eles iam de casa em casa e, onde não conseguiam entrar, arrombavam o teto. Os mais afetados são idosos e crianças que não conseguiam correr, enquanto os mais ágeis fugiam em busca de segurança”.

Moradores da região afirmaram que os terroristas mantêm acampamentos em locais como Daffo, Mbar, Tangur, Pyakmallu, Butura e Kwatas. Segundo eles, essas informações já foram repassadas às autoridades militares da Nigéria e a outras agências de segurança.

A Nigéria ficou em 7º lugar na lista dos 50 países mais perigosos para os cristãos de 2025 da missão Portas Abertas.

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