Na penumbra da mata, lampejos de estrelas
Seios desnudos, corpos pintados carmesim
Nos gestos, as marcas da morte
A carne marcada para o abate, alma ferida
No ocaso do tempo, violencia, solidão
No escuro, o olhar de menina amendrontada
Lágrimas e choros se confundem com o anseio pela vida
Sombras salientam e medo no desenho da maloca
Rostos conhecidos Meu próprio povo!
Sombras fúnebres na solidão noturna
Sofismas de ancestrais dizimando nossa gente
Cruéis lembranças de mazaru bahi
Jexuwa soprou um pequeno anjo, forte e veloz
Instantes de esperança irmão coragem!
Olhar de ternura, cumplicidade, afagos
Dias, meses, anos
Zelo, cuidado Amor
Grande guerreiro Bibi meu heroi
Passada a dor da desventura sofrida
Ainda hoje luto pela vida
Agora porém, pela de outros infantes
Que igualmente merecem viver
Nada mais pode ser como antes
Hoje faço ecoar o meu grito
A justiça prevalecerá
Sobreviví! Sou Hakani!
Uma Atini Suruwahá
Por Wellington Oliveira - Fundador da JOCUM Rio de Janeiro, e pioneiro em Maringá-PR, Wellington Olivera é o atual presidente de Jovens Com Uma Missão no Brasil.
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