Pela primeira vez foi contada no New York Times uma história de sobrevivência das mãos do Estado Islâmico. A história foi onstruída com entrevistas com cinco ex-reféns, moradores que testemunharam o cativeiro, parentes e amigos das vítimas e conselheiros que faziam constantes viagens para a região na tentativa de libertá-los.
Detalhes dos relatos foram confirmados por um desertor do Estado Islâmico. Até então os casos se mantiveram em segredo porque os militantes avisaram as famílias a não procurarem a mídia.
James Foley, jornalista norte-americano executado pelo Estado Islâmico, sofreu com ações terroristas junto com outras pessoas antes de ser decaptado. Sua morte, distribuída em vídeo, foi um final público de um longo período de sofrimento escondido.
Foley e seus companheiros de cela foram espancados e submetidos a simulações de afogamento rotineiramente. Durante meses, passaram fome e foram ameaçados de execução. Na dor, os prisioneiros se uniram. Inventavam jogos para passar as intermináveis horas, mas as condições se tornaram tão desesperadoras, que se voltaram uns contra os outros.
Foi nesse período que o Estado Islâmico surgiu. Ele ainda não exista quando Foley foi sequestrado, mas cresceu para se tornar o mais poderoso e temido movimento rebelde na região.
Foi nesse ponto que a jornada dos reféns, bastante semelhante até então, começou a se divergir a partir de ações tomadas a milhares de quilômetros: em Washington e Paris, em Madri, Roma e outras. Foley era um dos mais de 20 reféns ocidentais de 12 países, a maioria cidadãos de nações europeias, com governos com histórico de pagamentos de resgate
Embora alegue que tenha feito o possível para salvar Foley e os outros, o governo americano não pagou o resgate e explica que essa política ao longo dos tempos torna os alvos americanos menos atraentes.
No interrogatório, os captores do grupo radical pegaram celulares, câmeras e laptops dos reféns e pediam as senhas. Eles analisavam as contas no Facebook, as conversas no Skype, os arquivos de imagens e os e-mails, em busca de evidências de ligações com agências de espionagem e militares estrangeiros.
Em todo o tempo sob o domínio do Estado Islâmico, Foley fez parte dos três americanos e três britânicos selecionados para os piores tratamentos, por causa da relação dos militantes com seus países e porque seus governos não negociariam.
Para ler com detalhes a matéria com os relatos dos sobreviventes, leia no link de O Globo.
com informações do New York Times/O Globo
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