A Igreja da Inglaterra está lançando uma campanha nacional de "evangelismo digital" para alcançar cerca de um milhão de crianças, educadas em escolas da igreja. O projeto de mídia social terá também como objetivo, atingir as crianças que abandonam as escolas seculares.
A intenção da campanha é mostrar à geração "sem igreja" o que o cristianismo tem para oferecer, através de meios de comunicação com os quais eles estão familiarizados com tais como Snapchat, WhatsApp e Instagram.
Os detalhes da campanha foram revelados nesta quarta-feira (17), em uma apresentação ao Sínodo Geral, na Church House, em Westminster, pelo Cônego John Spence, que dirige o comitê de finanças do Conselho dos Arcebispos. O financiamento da campanha deve ser definido no Sínodo Geral, em York, no mês de julho.
"É pouco provável que vejamos um aumento líquido de membros da igreja ao longo dos próximos 30 anos", admitiu Spence ao sínodo. Mas isso não significa que não há lugar para o programa de "reforma e renovação", sendo planejado para a igreja em todo o país e que será "profundamente enraizado no discipulado".
Spence disse: "Isto nunca pode se basear em um jogo de números, mas sim no crescimento global".
"A Igreja ainda precisa trabalhar sobre a ideia de como 'medir o sucesso' de uma forma que vá além de contagens numéricas, de número de batismos, confirmações e outros dados demográficos", acrescentou.
"O trabalho mais difícil que ainda temos de fazer está relacionado a como podemos medir o crescimento em nível espiritual e de discipulado. A renovação e a reforma têm de ser enraizadas na teologia e na espiritualidade", destacou.
O líder ainda destacou que não tem chamado a campanha de projeto de mídia social, porque o foco não é a plataforma, mas sim o evangelismo.
"Nós não o chamamos de 'projeto de mídia social'. Nós estamos preocupados com o evangelismo na área digital e sabemos que temos de continuar a trabalhar e ter certeza que a Igreja está sendo vista em uma luz positiva...", lembrou.
Ele insistiu que não há inevitabilidade do declínio. A Igreja teve de se engajar em uma "forma revolucionária e quase dramática" com novos dados demográficos. Isto significava "nutrir aqueles que estão conosco, estendendo a mão para aqueles que ainda não estão conscientes do que fazemos".
Jonathan Kerry, secretário da diocese de Leicester e membro do Conselho dos Arcebispos disse: "Estamos diante de um momento de crise e também de oportunidades, da mudança sísmica talvez em nossa compreensão sobre como reagir, como ser Igreja".
O bispo de Guildford, Andrew Watson delineou planos para aumentar o número de candidatos à ordenação em 50%, em 2020, totalizando 6.000 novos ordenandos em uma década. Isso teria como objetivo compensar a perda da geração baby-boomer para a reforma, com 70% do clero existente, que se espera que terá se aposentado até 2030.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições