Neste mês de janeiro, uma igreja foi bombardeada após um ataque aéreo em Mianmar. Conforme a Portas Abertas, o ataque ocorreu no vilarejo Kanan, nos limites da cidade de Sagaing, próximo à fronteira entre Índia e Mianmar.
Ao menos 17 pessoas foram mortas, incluindo nove crianças. De acordo com o Mission Network News, 11 das 17 vítimas eram cristãs. Conforme Daisy Htun (nome fictício por motivos de segurança), uma parceira local da Portas Abertas, “os cristãos estavam participando do primeiro culto dominical do ano”.
Ela compartilha que todos estavam adorando a Deus na igreja quando as forças aéreas dos militares lançaram as bombas: “Eles morreram imediatamente. Por favor, ore por nós que estamos em luto pelos nossos irmãos e irmãs em Sagaing”.
Sobre o ataque mortal
De acordo com Firstpost, uma agência de mídia em Mianmar, o avião militar lançou três bombas no vilarejo de Kanan, nos limites de Khampat, a quase 280 km a noroeste de Mandalay, a segunda maior cidade de Mianmar.
“O incidente aconteceu às 10h30 da manhã. Os militares de Mianmar intencionalmente explodiram uma bomba tão grande como essa para matar pessoas inocentes do vilarejo. O explosivo pesava 25 kg”, contou Daniel (nome fictício), um cristão local.
“Por ser uma bomba tão poderosa, a explosão na igreja também destruiu muitas casas e igrejas vizinhas. Cristãos ficaram feridos. É tão doloroso saber que crianças inocentes morreram ali”, continuou.
‘Uma família inteira morreu’
Outro parceiro local, Tun Maung (nome fictício) disse que no bombardeio, uma família inteira morreu. Entre os mortos, estavam pais que deixaram filhos para trás: “Estou com tanta raiva pela injustiça e preocupado com o futuro das crianças órfãs”.
“Mesmo após semanas do ataque, parceiros locais continuam tentando alcançar as famílias afetadas”, explicou a organização.
“Atualmente, não conseguimos encontrar os órfãos e as famílias afetadas porque eles se tornaram deslocados internos e não sabemos a localização exata deles. O deslocamento dos parceiros locais também não é possível porque as estradas estão fechadas por causa dos tiroteios e disputas entre os militares e militantes da Força de Defesa do Povo de Mianmar (PDF, da sigla em inglês)”, disse ainda.
“Viajar nas áreas de conflito não é recomendável por motivos de segurança, portanto, seria colocar os parceiros locais em risco. Não é seguro fazer muitas perguntas, pois podemos ser vistos como informantes. A situação é delicada, especialmente depois de um ataque. Estamos dando nosso melhor para manter contato e oramos pelo momento certo e seguro para conseguirmos nos aproximar”, concluiu Daisy.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições