Mark*, colaborador da Portas Abertas se encontrou com a irmã Sylvia e outros líderes cristãos no país vizinho, Líbano, pois é impossível visitá-los na Síria. “Estamos cansados, muito cansados. É o que muitas pessoas de Aleppo dizem. É difícil, [a guerra civil síria] já está durando tanto tempo. Somos todos seres humanos, ficamos cansados, não há muito o que fazer”, compartilha ela, que trabalha ajudando pessoas que fugiram para sobreviver.
Um jovem sírio, de Damasco, disse que esse sofrimento dura há três anos. "Eu estou trabalhando com a minha igreja para ajudar os deslocados. Ouço suas histórias. Eu me sinto grato a Deus. A guerra trouxe-me para mais perto dele", diz ele.
Seu amigo de Aleppo afirmou: "Continuamos nossas visitas, mesmo em áreas perigosas. Às vezes, famílias muçulmanas ficam totalmente surpresas quando nós, como cristãos, vamos visitá-las mesmo correndo riscos."
Do oeste da Síria, o pastor B. desabafa sobre o difícil momento que a igreja enfrenta. "Nós passamos por sofrimento. Temos que sair de um lugar para outro. Nós olhamos para onde os refugiados estão, cuidamos deles, tentamos consolá-los, ser uma fonte de bênção para eles. A guerra mudou tudo na Síria. O que está acontecendo na igreja hoje é completamente diferente do que era antes da guerra. Pode-se dizer que a diferença é tão grande como em Atos, antes e depois do Pentecostes. Os caminhos de Deus são diferentes. Às vezes não entendemos, mas ele sabe o que é melhor para nós (...) Muitas vezes eu me sinto mal, deprimido, desanimado. Às vezes me sinto desmoronando, exausto, cansado e traumatizado. Eu começo a esquecer as coisas e vejo que a minha família, minha esposa e meus filhos estão pagando o preço."
Um colega dele de outro lugar, no oeste da Síria, acrescenta: "Eu tento mostrar às pessoas ao meu redor que eu sou forte, mas é claro que eu estou cansado. Precisamos de suas orações e seu apoio. Tudo o que precisamos fazer é muito acima de nossa capacidade, é muito mais do que estamos preparados para lidar."
O pastor B. continua: "Do lado de fora parece que estamos fortes, sempre sorridentes, e nossa presença é para muitos, motivo de conforto. Na realidade, estamos sofrendo, só o Senhor sabe o que estamos enfrentando."
"Obrigado, em nome de todas essas famílias. Por causa de seu apoio, podemos ajudar famílias em suas necessidades básicas, mas também em suas necessidades espirituais. Sua oração e seu apoio estão trazendo bons resultados. Deus está usando o que semeamos e plantamos", concluiu.
com informações da Portas Abertas
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