Missionária de 80 anos de idade é liberta em Burkina Faso, mas seu marido continua preso

O grupo terrorista disse que iria libertar a missionária, porque "não quer as mulheres envolvidas nessa guerra", mas ainda não foi específico com relação á justificativa de ainda manter o Dr. Ken Elliott em cativeiro.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016 às 12:51

A missionária australiana que havia sido sequestrada por um grupo filiado à Al Qaeda em Burkina Faso foi liberta do prisão, mas seu marido permanece em cativeiro.

Jocelyn Elliot foi liberta depois que o grupo filiado à Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) anunciou em uma mensagem de vídeo que iria libertá-la. Apesar da bot notícia de sua libertação, o contexto áinda é de tensão, devido ao fato de o marido da missionária - o cirurgião Dr. Ken Elliot - ainda estar sob o poder dos terroristas.

O grupo terrorista disse que iria libertar a missionária, porque "não quer as mulheres envolvidas nessa guerra". Sua mensagem dizia: "O principal motivo por trás de seu sequestro foi uma tentativa de libertação dos nossos companheiros que se encontram atrás das grades e cumprem a pena de prisão, além de serem privadoss de seus direitos básicos".

A missionária foi liberta no Níger - país vizinho a Burkina Faso.

A família de Jocelyn divulgou um comunicado, dizendo: "A família Elliott está profundamente grata pela libertação segura de nossa mãe, Jocelyn. Queremos transmitir o nossa grande apreço às autoridades do Níger e de Burkina Faso pelo seu apoio e assistência na facilitação da liberação da Sra Elliott".

"Por mais de quatro décadas, ela tem servido o povo de Burkina, juntamente com o nosso pai, o Dr. Ken Elliott. Eles estão em lugares diferentes agora, mas unidos no seu desejo de trazer cura e esperança para o povo do Norte de Burkina Faso e das regiões circundantes", .

"Estamos confiantes de que os princípios morais e orientadores daqueles que libertaram nossa mãe também serão aplicados ao nosso pai idoso, que tem servido às comunidades de Djibo e Sahel por mais da metade da sua vida. Nós respeitosamente solicitamos que eles sejam autorizados a continuarem seu trabalho em conjunto, fornecendo serviços cirúrgicos essenciais".

Ken e Jocelyn Elliot viveram em Djibo, perto da fronteira do Mali, desde a decáda 1970 e construiu um hospital de 120 leitos onde o Dr. Elliott é o único cirurgião da região. Ambos estão agora com 80 anos de idade. Eles foram sequestrados no dia em que o grupo terrorista atingiu a capital de Burkina Faso, Ouagadougou, em um ataque que matou pelo menos 27 pessoas.

Muitos nativos fizeram campanha pela libertação do Dr. Elliott. O hospital é o único em centenas de quilômetros e uma página do Facebook tem sido usada como canal de campanha para o retorno do médico, dizendo que seus "inúmeros pacientes estão esperando por ele".

"Elliott é tudo para nós e nós precisamos dele como um bebê precisa de sua mãe", disse o morador Moussa Dicko, citado na página.

"Elliott é um cidadão de Burkina e uma pessoa humana", disse François Ramde. "Ele representa o melhor da humanidade".

"Que o nome de Deus não seja usado em conexão com este acto ignóbil, porque foi Deus quem enviou Elliott para nós e vai trazê-lo de volta", disse Roots Hassane.

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