Nos últimos 24 anos, o missionário Mathews tem semeado o Evangelho na terra árida da Ilha de Zanzibar, um arquipélago da Tanzânia, de maioria muçulmana. Desde 1998, quando decidiu deixar sua casa e ir para a Ilha pregar Cristo nas ruas, Mathews enfrenta a perseguição e o risco para alcançar muçulmanos.
“Eu vim para cá como um jovem apaixonado por pregar o evangelho de Cristo ao povo desta ilha histórica. Agora sou marido e pai, pastor responsável por duas congregações, liderando três pequenos grupos clandestinos de crentes de origem muçulmana”, contou o missionário ao International Christian Concern.
Desde o início, o trabalho evangelístico foi desafiador em uma região onde 99% da população é islâmica. Pregar abertamente nas ruas era quase impossível devido à hostilidade por parte de muçulmanos.
“Às vezes eu era educadamente impedido de pregar nas feiras livres, enquanto outras vezes, era parado à força e expulso”, disse Mathews.
Em 2008, o Senhor guiou o missionário para o trabalho pastoral e ele, com coragem e ousadia, plantou uma igreja chamada Christian Family Church, que passou a ser perseguida constantemente. “Um ano depois, fomos despejados de nosso templo e um muçulmano construiu uma loja no mesmo lugar”, afirmou.
Sem um lugar para reunir sua congregação, o pastor levou os cultos para a beira da praia, onde sua igreja se reunia todos os domingos de manhã. As celebrações na areia atraíram mais pessoas, que se entregaram a Jesus, e a igreja começou a crescer, chamando a atenção de seus perseguidores.
“Depois de nove meses de comunhão na costa do Oceano Índico, os seguranças que guardavam a costa de Zanzibar nos mandaram sair da praia. Passamos os quatro meses seguintes alugando um pequeno quarto em outro lugar, mas o fardo financeiro era enorme, porque perdemos muitos membros de nossa igreja devido ao assédio contínuo”, relatou o missionário.
Com o apoio de uma organização cristã, em 2010, a igreja de Mathews construiu seu próprio templo. Hoje, a missão já possui mais uma congregação plantada em Zanzibar com mais de 200 cristãos.
O pastor sonha em plantar pelo menos uma igreja por ano na Ilha. “Nossa visão tem sido alcançar mais pessoas com o Evangelho e plantar uma ou duas igrejas em áreas onde surge a necessidade”, declarou.
Devido a perseguição, o missionário conduz a missão com cautela e cuidado e a igreja se mantém subterrânea. Mas isso não tem impedido que mais aldeões aceitem Jesus. Atualmente, Mathews está discipulando 19 novos convertidos que deixaram o Islã. Os encontros acontecem em três lugares secretos diferentes.
“Seis alcançaram o nível de discipulado para serem batizados. Os outros serão batizados em breve”, testemunhou o missionário. “Quatro dos seis que batizamos estão confiantes o suficiente para vir à igreja, mas pedimos que esperem um pouco para evitar criar um conflito, que resultaria em sua morte ou na destruição de nossa igreja”.
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