Missionário planta igrejas secretas em ilha muçulmana na Tanzânia há mais de 20 anos

Após enfrentar perseguição, hoje Mathews lidera duas igrejas subterrâneas em Zanzibar, com mais de 200 convertidos.

Fonte: Guiame, com informações de Internacional Christian ConcernAtualizado: segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022 às 19:36
 Mathews lidera duas igrejas subterrâneas em Zanzibar, com mais de 200 cristãos. (Foto: Imagem ilustrativa/Domínio Público).
Mathews lidera duas igrejas subterrâneas em Zanzibar, com mais de 200 cristãos. (Foto: Imagem ilustrativa/Domínio Público).

Nos últimos 24 anos, o missionário Mathews tem semeado o Evangelho na terra árida da Ilha de Zanzibar, um arquipélago da Tanzânia, de maioria muçulmana. Desde 1998, quando decidiu deixar sua casa e ir para a Ilha pregar Cristo nas ruas, Mathews enfrenta a perseguição e o risco para alcançar muçulmanos.

“Eu vim para cá como um jovem apaixonado por pregar o evangelho de Cristo ao povo desta ilha histórica. Agora sou marido e pai, pastor responsável por duas congregações, liderando três pequenos grupos clandestinos de crentes de origem muçulmana”, contou o missionário ao International Christian Concern.

Desde o início, o trabalho evangelístico foi desafiador em uma região onde 99% da população é islâmica. Pregar abertamente nas ruas era quase impossível devido à hostilidade por parte de muçulmanos.

“Às vezes eu era educadamente impedido de pregar nas feiras livres, enquanto outras vezes, era parado à força e expulso”, disse Mathews.

Em 2008, o Senhor guiou o missionário para o trabalho pastoral e ele, com coragem e ousadia, plantou uma igreja chamada Christian Family Church, que passou a ser perseguida constantemente. “Um ano depois, fomos despejados de nosso templo e um muçulmano construiu uma loja no mesmo lugar”, afirmou.

Sem um lugar para reunir sua congregação, o pastor levou os cultos para a beira da praia, onde sua igreja se reunia todos os domingos de manhã. As celebrações na areia atraíram mais pessoas, que se entregaram a Jesus, e a igreja começou a crescer, chamando a atenção de seus perseguidores.

“Depois de nove meses de comunhão na costa do Oceano Índico, os seguranças que guardavam a costa de Zanzibar nos mandaram sair da praia. Passamos os quatro meses seguintes alugando um pequeno quarto em outro lugar, mas o fardo financeiro era enorme, porque perdemos muitos membros de nossa igreja devido ao assédio contínuo”, relatou o missionário.

Com o apoio de uma organização cristã, em 2010, a igreja de Mathews construiu seu próprio templo. Hoje, a missão já possui mais uma congregação plantada em Zanzibar com mais de 200 cristãos. 

O pastor sonha em plantar pelo menos uma igreja por ano na Ilha. “Nossa visão tem sido alcançar mais pessoas com o Evangelho e plantar uma ou duas igrejas em áreas onde surge a necessidade”, declarou.

Devido a perseguição, o missionário conduz a missão com cautela e cuidado e a igreja se mantém subterrânea. Mas isso não tem impedido que mais aldeões aceitem Jesus. Atualmente, Mathews está discipulando 19 novos convertidos que deixaram o Islã. Os encontros acontecem em três lugares secretos diferentes.

“Seis alcançaram o nível de discipulado para serem batizados. Os outros serão batizados em breve”, testemunhou o missionário. “Quatro dos seis que batizamos estão confiantes o suficiente para vir à igreja, mas pedimos que esperem um pouco para evitar criar um conflito, que resultaria em sua morte ou na destruição de nossa igreja”.

 

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