Embora o Vietnã tenha suspendido as medidas de lockdown pela COVID-19 em 23 de abril, o governo ainda oferece apoio em todo o país, especialmente para aqueles que são pobres, têm baixa renda ou perderam o emprego durante a pandemia.
Algumas das pessoas que deveriam receber essa assistência são 18 famílias cristãs em uma parte do norte do Vietnã, perto da fronteira com a China. São 107 pessoas ao todo, incluindo idosos e crianças. A ajuda do governo é distribuída pelas autoridades locais.
Mas nenhum desses 107 cristãos receberam ajuda. Em vez disso, as autoridades lhes disseram: “Vocês são cristãos e seu Deus cuidará de sua família! O governo não é responsável por suas famílias!”.
As equipes da Missão Portas Abertas sabiam que precisavam fazer algo para ajudar essas famílias. Então, na semana passada, os parceiros locais da organização cristã puderam fornecer sacos de arroz para essas famílias. Mas mesmo isso parecendo um ato “simples”, se tornou algo difícil.
Para evitar uma grande reunião e olhares curiosos, os parceiros da Portas Abertas pediram a um representante de cada uma das 18 famílias que se reunisse na casa de um membro da igreja e recebesse sua ajuda alimentar de emergência. Os missionários começaram imediatamente a distribuição quando chegaram ao local.
Mas apenas 15 minutos depois, as autoridades locais, incluindo o líder tribal, o chefe da cidade de Assuntos Religiosos, dois policiais e alguns outros funcionários oficiais apareceram. Eles exigiram que os missionários parassem a distribuição e perguntaram a eles de onde vinha a ajuda.
Um dos missionários, o Pastor Foom*, enfrentou bravamente as autoridades frente ao assédio.
"Nossa igreja doou esses sacos de arroz para ajudá-los neste momento difícil", disse ele. “Como vocês não podiam fornecer comida para eles e os discriminaram por serem cristãos, nossa igreja decidiu ajudá-los. Por que vocês estão nos impedindo de ajudá-los?”.
Um dos policiais respondeu: “Porque eles são cristãos e são ricos! Não há necessidade de ajudá-los".
O pastor então Foom respondeu: “Como vocês podem dizer que eles são ricos? Mesmo neste instante, se vocês forem a suas casas deles, verão que seus filhos não têm o que comer”.
Mas as autoridades locais não cederam. Eles exigiram que os missionários fizessem as malas e deixassem a vila imediatamente. Eles ordenaram que mostrassem seus documentos nacionais de identificação, mas a equipe se recusou a fazê-lo, dizendo que não haviam infringido nenhuma lei. Então, os policiais tiraram suas fotos.
Para evitar mais complicações, os parceiros do Portas Abertas levaram os sacos de arroz para uma vila diferente, onde um cristão local abriu de bom grado sua casa para armazenar a ajuda, apesar do risco de ser visitado ou interrogado pelas autoridades.
Os representantes das 18 famílias foram instruídos, um após o outro, a discretamente ir à casa daquele cristão e receber sua ajuda. Cada família recebeu quatro sacos de 25 quilos de arroz.
Um dos destinatários expressou sua gratidão pela doação que recebeu dos missionários.
"Gostaria de agradecer muito aos nossos irmãos e irmãs", disse ele. “Obrigado por nos apoiar neste momento difícil. Recebemos o arroz e isso ajudará nossas famílias a comer nos próximos dias. Que Deus abençoe seus corações”.
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