Muçulmanos impedem cristãos de adorar a Deus em 2 cidades da Indonésia

Igrejas envolvidas em atividades evangelísticas correm o risco de se tornarem alvo de grupos extremistas islâmicos.

Fonte: Guiame, com informações do Morning Star NewsAtualizado: quinta-feira, 1 de junho de 2023 às 14:36
Igreja na Indonésia. (Foto representativa: Pixabay)
Igreja na Indonésia. (Foto representativa: Pixabay)

No dia 19 de maio, uma multidão de muçulmanos impediu os cristãos de adorar a Deus em duas cidades da ilha indonésia de Sumatra. 

Conforme a Morning Star News, os extremistas interromperam o momento de adoração que acontecia durante um café, em Binjai, capital da província de Sumatra do Norte.

Em Riau, capital da província de Pekanbaru, no sul de Sumatra, os muçulmanos interromperam o culto da Igreja Betel Indonésia.

No norte de Sumatra, pelo menos 40 muçulmanos liderados por Yudi Ardiansah e Uztad Alfan Daulay, também interromperam o culto do meio-dia, onde a congregação Mawar Sharon se reunia, na vila de Setia, na cidade de Binjai. 

Garantia de liberdade religiosa

O Rev. Henrek Lokra, secretário executivo do departamento de justiça e paz da Comunhão das Igrejas Cristãs disse que está investigando os casos.

“Entramos em contato com a liderança regional do PGI sobre este assunto para saber mais sobre o problema, mas ainda não tivemos retorno”, comentou. 

“É absolutamente lamentável que isso esteja acontecendo novamente. Os criminosos não prestaram atenção ao discurso do nosso presidente de que a constituição é mais importante do que qualquer outra coisa”, comentou Andreas Yewangoe, ex-presidente da PGI, ao citar que as minorias estão sendo desprezadas.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, em um discurso em janeiro aos líderes regionais, disse-lhes para não deixar que os acordos locais substituíssem as garantias constitucionais de liberdade religiosa.

Igrejas no alvo de extremistas islâmicos

O Relatório de 2022 sobre Liberdade Religiosa Internacional, divulgado em 15 de maio, do Departamento de Estado dos EUA, afirma que a constituição da Indonésia garante o direito ao culto e que os cidadãos devem ter seus direitos protegidos.  

O relatório também observa que alguns governos locais impuseram leis e regulamentos que restringem a observância religiosa. Além disso, também aponta para as violações cometidas através de 333 ações em 2022.

Entre as ações estão oposição contra a construção de locais de culto, destruição de locais de culto, proibições de pregação e acusações de blasfêmia.

A Indonésia ficou em 33º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023 da Portas Abertas e tem apresentado um posicionamento islâmico mais conservador. Sendo assim, as igrejas envolvidas em atividades evangelísticas correm o risco de se tornarem alvo de grupos extremistas islâmicos.

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