Um grupo de mulheres cristãs, de uma igreja local em Bangladesh, foram espancadas por militantes do grupo budista radical “Exército Subterrâneo”, de acordo com a ONG Missão Mais.
A igreja local é formada por 20 famílias do grupo Chakma, que estavam construindo um templo em sua aldeia. A comunidade cristã existe há 10 anos e se reuniam para adorar em um pequeno galpão feito de lata, até então sem oposição de outras pessoas.
Mas, ao iniciarem a construção da igreja, o “Exército Subterrâneo” passou a perseguir os cristãos. Os militantes budistas quebraram as janelas do templo e ameaçaram torturar e matar os homens da congregação.
Então, os homens cristãos fugiram e se esconderam na selva durante muitas semanas. Sozinhas e assustadas, as mulheres e crianças da igreja decidiram se esconder juntas em uma casa, por segurança.
Certo dia, os radicais encontraram as cristãs e as atacaram com bastões, deixando as mulheres muito feridas. Os budistas também roubaram as casas dos crentes que estavam vazias, levando suas colheitas e gados.
Desde o ataque, as crianças da igreja não estão frequentando a escola por questões de segurança.
A ONG cristã Missão Mais está pedindo oração pelas famílias perseguidas a fim de que permaneçam fortes na fé. Pelos perseguidos para que conheçam o Evangelho e se arrependam e pela conclusão da construção da igreja.
Como vivem os cristãos em Bangladesh
Bangladesh não é um bom lugar para as mulheres que decidem seguir a Cristo. Ao declarar sua nova fé podem sofrer agressão sexual, estupro e casamento forçado. No local de trabalho e escolas são discriminadas e isoladas.
Para os homens que se convertem ao cristianismo, a vida pode passar a ser mais complicada. Como líderes de família, sendo cristãos, são excluídos e perdem a custódia dos filhos que ficam com suas famílias muçulmanas, conforme a lei. Além disso, podem sofrer tortura, ameaça de morte, falsas acusações e prisão por causa da fé.
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