"Nossa luta não é contra os muçulmanos", diz pastor que desaconselha a vingança

Ataques na Nigéria - "Nossa luta não é contra os muçulmanos"

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:12

No dia 3 de junho a Igreja Fé Viva, em Yelwan Tudu, Nigéria, sofreu um ataque do grupo Boko Haram.

Um miltante islâmico detonou um carro-bomba do lado de fora da igreja durante o culto.

Mbami Godiya, pastor da igreja, relata como tudo aconteceu:

"O coral estava cantando e eu estava envolto com o louvor, preparando minha mente para o sermão depois da música. De repente, do nada, ouvimos um barulho como um trovão, então vi a parede da nossa igreja caindo. A igreja foi tomada pela fumaça e pelo fogo. Pedaços de metal estavam espalhados por toda parte. Eu gritava para que, todo mundo se deitasse, pois parecia um ataque à bomba. Nós ficamos por alguns minutos no chão, clamando pelo nome de Jesus, até a fumaça diminuir. Fomos para fora e vimos cadáveres espalhados. Havia sangue por todo o lugar. Este foi realmente um dia terrível".

Alguns membros da mocidade notaram o carro se aproximando e tentaram agir, até que perceberam que se tratava de um homem-bomba. Ele detonou as bombas e 13 pessoas morreram na hora, outras 7 ficaram feridas.

Leia também:

Conheça o projeto 'Plantando Esperança' em Moçambique 

Ataques de grupo radical islamita à igreja deixa pelo menos 6 mortos na Nigéria

Obra em Moçambique surpreende e marca a vida de pastores 

Os outros jovens que presenciaram se revoltaram e marcharam até o governador para pedir uma atitude. Alguns soldados foram mobilizados para acalmar os ânimos e acabaram atirando e matando mais nove pessoas.

Os familiares das vítimas se revoltaram e queriam vingança, mas o Reverendo Pokti Lewi, presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN) no Estado de Bauchi, fez alerta sobre não fazer justiça com as próprias mãos, mesmo não segurando as lágrimas.

"Meus queridos jovens, não devemos nos vingar pelo que aconteceu, permitam que Deus lute por nós e que Ele faça justiça. Nós não vamos apoiá-lo se você decidir tomar o caminho da vingança", disse ele, "nós precisamos nos manter unidos neste momento, pois nossa luta é contra o diabo e seus demônios e não contra os muçulmanos".


com informações do Portas Abertas 

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições