
Novas imagens do genocídio de cristãos que está ocorrendo na Nigéria chocaram as redes sociais. Famílias inteiras aparecem carregando dezenas de caixões enquanto uma multidão clama por justiça em meio à extrema violência no país.
“Cenas de partir o coração do genocídio cristão na Nigéria: famílias inteiras em caixões. Nenhuma indignação. Nenhuma cobertura da mídia. Apenas silêncio. Eu me recuso a ficar em silêncio! Orem comigo”, compartilhou o jornalista israelense Hananya Naftali, no Instagram.
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A influenciadora Naz Hashem, afirmou: “Dentro de cada caixão está uma criança, um pai, um irmão, um amigo — famílias inteiras dizimadas, aldeias apagadas. E, no entanto, o sofrimento deles não está nas mídias”.
E continuou: “Não há ativistas ambientais ou celebridades se mobilizando publicamente. Nenhum ator de Hollywood está exigindo justiça. Nenhuma feminista está chorando por paz. Para o mundo, eles simplesmente não existem”.
“Porque o mundo está silencioso quando os cristãos na Nigéria e no Sudão estão sendo massacrados? Mulheres, crianças e idosos por grupos de Extremistas Islâmicos. Cadê a indignação?”, disse a influenciadora Melissa Mayo.
Nos comentários, muitos manifestaram indignação com a indiferença da mídia e do governo nigeriano. Além disso, declararam paz sobre a nação e afirmaram que estão orando pela Igreja Perseguida nigeriana.
Genocídio de cristãos na Nigéria
Organizações internacionais e líderes cristãos têm denunciado a escalada de violência contra comunidades cristãs na Nigéria, classificando a crise como um genocídio silencioso.
Cristãos têm sido alvos de ataques constantes de terroristas fulani, especialmente nos estados de Benue, Plateau, Kaduna e Níger. Milhares foram mortos ou sequestrados, e centenas de igrejas destruídas.
Um relatório da Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito (Intersociety) revelou que, entre janeiro e agosto de 2025, 7.087 cristãos foram assassinados e 7.800 sequestrados. Segundo o documento, o país registra em média 30 mortes por dia — mais de uma por hora.
Desde 2009, estima-se que 185 mil nigerianos tenham sido mortos por grupos extremistas, sendo 125 mil cristãos e 60 mil muçulmanos liberais. Nesse período, 19 mil igrejas foram destruídas, mais de 1.100 comunidades cristãs saqueadas e 600 líderes sequestrados.
Organizações acusam o governo nigeriano de não proteger os cristãos e de falhar na punição dos terroristas. Apesar das denúncias, o governo insiste que a violência se trata de “conflitos entre agricultores e pastores fulani”, e não de perseguição religiosa.
Com isso, a crise humanitária se agrava: milhares de deslocados vivem em escolas, igrejas e abrigos improvisados, enfrentando escassez de água, alimentos e atendimento médico.
A Nigéria ocupa o 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, segundo a Missão Portas Abertas. Para organizações de direitos humanos, o silêncio internacional diante da tragédia representa uma falha grave, especialmente no país considerado estratégico para a segurança da região do Sahel.
Segundo a International Christian Concern (ICC) — organização sem fins lucrativos que se dedica a defender o direito de cristãos perseguidos no mundo — e líderes cristãos americanos, reconhecer a crise oficialmente é fundamental para que os culpados sejam punidos.
“Trata-se de um genocídio silencioso. A liberdade religiosa só existe quando há vontade política de protegê-la”, afirmou um porta-voz da ICC.
Recentemente, Parlamentares dos Estados Unidos pediram que a Nigéria volte à lista de “Países de Preocupação Particular” (CPC), que inclui as nações com graves violações da liberdade religiosa.
Relatórios indicam que 82% dos cristãos mortos por perseguição entre 2022 e 2023 estavam na Nigéria — descrita pela ICC como “o lugar mais perigoso do mundo para os cristãos”.
“Cristãos estão sendo perseguidos e mortos por professarem sua fé em nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”, declarou o deputado Riley Moore na rede X.
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