Pastores muçulmanos da etnia fulani mataram 13 habitantes de um vilarejo cristão em uma zona do centro da Nigéria que já foi cenário este mês de confrontos violentos, informou o secretário de Informação do estado de Plateau, Gregory Yenlong.
''Posso confirmar que 13 pessoas morreram e seis ficaram gravemente feridas'', disse o secretário. ''Os cadáveres estão carbonizados parcialmente'', continuou. O secretário afirmou ainda que pelo menos seis casas foram incendiadas.
No início do mês, o país foi abalado por uma onda de violência: pelo menos 500 pessoas foram assassinadas por camponeses muçulmanos fulani em três aldeias dos arredores da cidade de Jos.
Segundo testemunhas, os camponeses, que estavam armados com revólveres, fuzis, metralhadoras e facões, atacaram os moradores dos povoados de Dogo Nahawa, Zot e Ratsat, que são majoritariamente cristãos.
Não bastasse a violência, o país vive também uma crise política. Na semana passada, milhares de nigerianos marcharam até os portões do palácio presidencial para exigir o fim da presidência do líder doente, Umaru Yar'Adua, para que o presidente em exercício Goodluck Jonathan possa assumir o cargo oficialmente.
O líder de 58 anos não é visto em público desde que foi à Arábia Saudita para tratamento médico no final de novembro. Ele retornou à Nigéria há três semanas, mas permanece muito fraco para governar. Fontes da presidência disseram que ele ainda segue em tratamento intensivo.
A disputa de poder no país de 140 milhões de habitantes e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo poderia paralisar o governo, ameaçar um programa de anistia na região petrolífera no delta do rio Niger, e forçar reformas em diversos setores, como o bancário e o de petróleo e gás natural.
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