ONG ajuda crianças a olhar o futuro

ONG ajuda crianças a olhar o futuro

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

A ONG Tia Lúcia acolhe 30 crianças de redes públicas de ensino da Freguesia há cinco anos e aproveita para utilizar o espaço para dar aulas de reforço de matemática e português gratuitamente. Das 13h às 17h, os pequenos entre 8 e 12 anos, de comunidades carentes do bairro, desenvolvem trabalhos com o tema “Profissionais do Futuro” em oficinas de artesanato, teatro, leitura, música e informática.

— Nós incentivamos o aluno a encontrar o seu próprio talento. E a gente sempre se surpreende com as crianças. Nós queremos abrir os olhos desses pequenos. A maioria só pensa em fazer bicos por aí. A ideia é mostrar pra eles que todos precisam ter a visão de uma atividade que lhes dê segurança e salário — explicou Lúcia Carrera, diretora da instituição.

E todo o dinheiro aplicado na ONG vem de doações que chegam de toda a parte da Ilha. Há cerca de três anos, Lúcia montou um brechó, na garagem da instituição, na Rua Magno Martins, 219. Lá são vendidas roupas, sapatos, óculos, entre outros objetos, a preços muito baratos. “Um vestido custa R$ 4 e uma calça jeans R$ 3. A peça mais cara sai a R$ 12. A maioria dos nossos clientes é da comunidade Duzentos. Quando alguma coisa chega danificada, meu marido concerta para vender. Toda a arrecadação fica para a ONG”, contou Lúcia, que atualmente mora no Jardim Guanabara.

Com o lucro das vendas do brechó e a ajuda financeira de um amigo, Lúcia consegue manter a ONG. O Colégio Lemos Cunha, ao reconhecer o trabalho da instituição, propôs enviar estagiários à Tia Lúcia. “Além dos voluntários, vou contar com esses meninos”, disse ela, que tem 75 anos.

Para mostrar para as crianças que há diferentes oportunidades de emprego no mercado de trabalho, a ONG visita grandes empresas durante todo o ano. No dia 14 de março, os 30 jovens foram até a fábrica da Coca-Cola. “Ninguém entra na Coca-Cola sem ter o 2º grau completo. Foi ótimo poder mostrar para eles a necessidade de estudar”, concluiu.

Só o ônibus, que fez o transporte das crianças, custou cerca de R$ 600. Lúcia lamenta que nem sempre consegue o dinheiro para fazer os passeios. “Como lidamos com crianças, contratamos ônibus com ar condicionado, para as janelas ficarem fechadas, e com cinto de segurança. Precisamos de empresas que queiram nos ajudar com transporte”, pediu.  

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