ONGs baianas de olho em nova área do Porto Sul

ONGs baianas de olho em nova área do Porto Sul

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:47

A decisão do Governo da Bahia em mudar a área de instalação do Porto Sul foi comemorada por representantes de Organizações Não Governamentais (ONG) que lutavam contra o projeto em solo baiano. No entanto, levantou o jornalista Bruno Rios, estas mesmas entidades já estão de olho na nova área apontada pelo governador em exercício Otto Alencar como a ideal para receber o novo porto.

Para Renato Cunha, que fala em nome do Grupo Ambientalista da Bahia e de outras organizações locais, a mudança de localidade deve ser analisada com cautela, uma vez que o novo ponto, no distrito de Aritaguá, fica a apenas cinco quilômetros de distância do antigo, a Ponta do Tulha. Ele admite ter dúvidas a respeito do tema e pede uma ampla discussão com o Governo da Bahia e a sociedade sobre o assunto.

“Certamente houve avanço, pois o olhar se voltou para a questão da preservação dos recifes de corais e da biodiversidade. Mas apesar de o governo reconhecer a necessidade de mudança do projeto, conforme recomendação do Ibama e dos especialistas que estudaram a área, deve-se considerar a extensão dos impactos de um complexo dessa dimensão para a região”.

Para ele, a mudança no projeto revela a dimensão dos cuidados que se deve ter e reforça a importância do embasamento técnico para viabilizar a infraestrutura necessária ao crescimento do país de forma sustentável. E Renato Cunha faz o alerta, tendo em vista que o Porto Sul prevê a construção de porto, aeroporto e a chegada da Ferrovia Oeste-Leste ao Sul da Bahia.

“Novos estudos deverão ser realizados, os quais demandarão mais tempo e muito mais dinheiro, incluindo uma minuciosa avaliação do impacto que a operação ferroviária causará à Mata Atlântica. Até o momento, os problemas ligados à infraestrutura do pátio de trens, do sistema de recepção de vagões e de descarga dos vagões e à dispersão de pó de minério transportado em vagões abertos não foram adequadamente analisados nos estudos ambientais”.  

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