Organização de Direitos Humanos registra forte perseguição religiosa na China

Uma forte campanha para a remoção de cruzes das igrejas, a prisão de centenas de cristãos e até mesmo a demolição de templos inteiros formam este contexto de violação da liberdade religiosa na cidade de Zhejiang - o "coração do Cristianismo chinês".

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016 às 12:06

A perseguição dos cristãos chineses nas mãos do Partido Comunista continua a ser documentadai por um número de grupos de direitos humanos que observou que igrejas inteiras estão sendo demolidas na província de Zhejiang - considerada o coração do Cristianismo chinês.

A Vigilância de Direitos Humanos (HRW) publicou seu relatório de abusos dos direitos humanos para 2016, registrando violações cometidas em todo o mundo, e observou que a China está enfrentando sérios problemas. A prisão de vários defensores dos direitos humanos foram documentadas, incluindo aqueles que se levantaram em favor da liberdade religiosa no país.

A HRW destacou em seu relatório que as autoridades governamentais lideraram uma campanha em 2015 para a remoção de cruzes das igrejas e até mesmo a demolição de templos inteiross.

Autoridades chinesas argumentaram que tudo o que eles estão fazendo é remover "estruturas ilegais" que não cumpram com os requisitos de zoneamento, mas como vários defensores cristãos chineses têm apontado, incluindo Bob Fu da 'China Aid', os esforços da campanha destinam-se mais a reduzir a proeminência do cristianismo na região.

"Em 2015, as autoridades continuaram a sua campanha para remover as cruzes das igrejas, e em alguns casos demoliram igrejas inteiras na província de Zhejiang - considerada o coração do Cristianismo chinês", afirma o relatório.

"Pelo menos uma centena de cristãos teria sido detida temporariamente para resistir às demolições desde o início da campanha no início de 2014", acrescentou.

Membros de congregações subterrâneas (igrejas clandestinas) e pastores foram detidos por protestar contra a repressão às igrejas, e um fato marcante no início de fevereiro foi a detenção e acusação formal de Pastor Gu Yuese da Igreja Chongyi de Hangzhou - a maior igreja sancionada pelo governo na China.

Gu, que foi punido por falar contra as ações do governo, tornou-se o oficial mais alto de uma igreja sancionada pelo governo a ser preso desde a revolução cultural na década de 1960, de acordo com Fu.

"Eu acho que o cenário mais provável de se formar é que ele seja indiciado, e dependendo de sua confissão, a duração da pena pode ser negociada", disse Fu ao 'Christian Post', em uma entrevista no início deste mês.

Ele acrescentou: "Isto vai abalar o espírito dos líderes das igrejas sancionadas pelo governo e as congregações em toda a China. Todos estes fatores irão ter um efeito cascata.".

O relatório da HRW observou que o governo chinês muitas vezes classifica os grupos religiosos fora do seu controle como "cortes maus" e perseguido grupos budistas também.

A China continua a negar oficialmente que tem perseguido minorias religiosas. Além disso, o membro do Partido Comunista, Li Yunlong escreveu no jornal 'China Daily', que a crítica dos direitos humanos é "um produto de viés subjetivo e preconceituoso", com "nenhum fundamento na realidade."

"Na China, todos os cidadãos podam escolher livremente as suas próprias crenças religiosas, expressar suas crenças e participar de atividades religiosas. O ambiente social está em constante aperfeiçoamento para a prosperidade da religião na China e a sociedade tornou-se mais e mais objetiva e razoável para com as religiões", disse Li, de acordo com o site 'Breitbart'.

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