Em 2014, a perseguição e o assassinato de cristãos se intensificou fortemente em países do Oriente Médio, África e Ásia, de acordo com o Relatório Internacional de Liberdade Religiosa desenvolvido pelo Departamento de Estado dos EUA, divulgado nesta quarta-feira (14).
Segundo o levantamento, militantes do grupo terrorista Estado Islâmico forçaram comunidades cristãs a se converter — caso contrário, eles deveriam pagar um imposto abusivo ou serem mortos. Enquanto isso, milhares de mulheres e crianças foram sendo sequestradas, vendidas, escravizadas e estupradas.
O Departamento de Estado dos EUA acusou o presidente sírio Bashar Assad de permitir que o EI e outros grupos extremistas islâmicos se espalhassem e ganhassem força em algumas áreas, enquanto afirma ser o "protetor" das minorias da Síria.
O relatório também citou determinados "governos fracos" que "se revelaram impotentes para impedir a violência". Ele disse que "as autoridades, em muitos casos, não se incomodaram em investigar os abusos, muito menos em prender e processar os responsáveis pelos ataques."
O relatório listou países que tiveram as piores atrocidades do último ano:
● Nigéria e países vizinhos: O grupo Boko Haram matou mais cristãos e muçulmanos "moderados" em 2014 do que nos últimos cinco anos, destruindo centenas de igrejas e mesquitas.
● Irã: O governo perseguiu, deteve e executou cristãos e outras minorias religiosas, que foram acusadas de fazer "inovações na religião".
● China: Cristãos, muçulmanos e outras minorias enfrentaram assédio por parte de oficiais.
● Paquistão: Os infratores das chamadas leis de blasfêmia enfrentaram discriminação e até mesmo a morte. Terroristas atacam casas de culto e reuniões religiosas.
● Myanmar: Monges budistas intensificaram sua campanha contra os muçulmanos rohingya, alguns dos quais tiveram suas terras e propriedades confiscadas.
● Arábia Saudita: Um tribunal condenou um jovem blogueiro a dez amos de prisão e mil chibatadas por "insultar o Islã."
● Sudão: Uma mulher muçulmana recebeu uma pena de 100 chicotadas e morte por enforcamento por cometer adultério e apostasia ao se casar com um homem cristão.
A violência resultante da intolerância religiosa não se limita apenas a países sub desenvolvidos. Em 2014, o relatório observou que a França e a Alemanha enfrentaram uma onda de sentimento "anti-Israel", cruzando a linha do anti-semitismo. Quatro pessoas foram mortas no Museu Judaico da Bélgica por um muçulmano francês. O relatório registrou que a violência é marcada por uma onda de discursos de ódio e profanação.
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