POPULAÇÃO: 33,2 milhões
CRISTÃOS: 345 mil
RELIGIÃO: Islamismo, cristianismo
GOVERNO: República presidencialista
LÍDER: Shavkat Mirziyoyev
POSIÇÃO: 21º na Lista Mundial da Perseguição
O Uzbequistão fica na Ásia Central e é uma nação com herança cultural diversa, onde a maioria se diz muçulmana. Embora seja um país de república democrática, o governo é melhor definido por “Estado autoritário com direitos civis limitados”.
As atividades religiosas são controladas pelo Estado. Cristãos que são membros de igrejas não registradas são vistos como ameaça ao governo. Os seguidores de Cristo podem ter as reuniões invadidas, serem presos ou multados por participar de “ações ilegais”.
Os pastores são especialmente alvos porque as autoridades querem causar medo e ansiedade nas congregações. As igrejas ortodoxas russas são menos suscetíveis à pressão e perseguição porque a maioria dos membros são russos e tendem a não tentar alcançar a população uzbeque.
Proibido abandonar o islã
Para um uzbeque é muito difícil seguir a Cristo. A decisão de deixar o islã pode custar caro, abrindo caminho para assédio e intimidação da família, amigos e comunidade local. O risco é maior para muitas mulheres que, dadas as expectativas sociais em torno da submissão, não estão efetivamente autorizadas a escolher a própria religião.
A cultura islâmica tradicional coloca as mulheres em completa submissão aos pais ou, se casadas, ao marido. A prisão domiciliar é uma forma comum e socialmente aceita de pressionar as mulheres cristãs a retornarem ao islã. Sequestro ou casamento forçado também são formas de punir as mulheres. Abuso verbal, físico, psicológico e sexual são práticas comuns contra elas.
Homens cristãos podem ser negligenciados para promoção no trabalho, e os empresários que seguem Jesus podem enfrentar intensa vigilância das autoridades e obstrução dos muçulmanos locais. As dificuldades financeiras causadas pela perseguição podem ser devastadoras para as famílias que dependem dos homens para colocar comida na mesa. Os cristãos ex-muçulmanos que lideram igrejas também são alvo de perseguição.
“Depois da minha conversão ao cristianismo, meu irmão não queria ter nada a ver comigo. Meu pai, minha irmã e outros membros da família moravam na mesma aldeia. Quando os visitei, tentei visitar meu irmão. Mais de uma vez, ele ficou muito zangado assim que me viu, e disse: ‘Vá embora, o que você está fazendo aqui? Eu não quero nada com você!’. Durante 20 anos não tivemos contato um com outro”, testemunhou Aziz, cristão perseguido na Ásia Central.
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