Países que perseguem a Igreja: como vivem os cristãos no Vietnã

A pressão para que os cristãos desistam de sua fé é intensa no país comunista e de maioria budista.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quinta-feira, 18 de março de 2021 às 12:55
É difícil seguir a Cristo num país de maioria budista. (Foto: Portas Abertas)
É difícil seguir a Cristo num país de maioria budista. (Foto: Portas Abertas)

POPULAÇÃO: 98,3 milhões 
CRISTÃOS: 8,9 milhões 
RELIGIÃO: Budismo, cristianismo, islamismo, cao dai 
GOVERNO: Estado comunista 
LÍDER: Nguyen Phu Trong
POSIÇÃO: 19º na Lista Mundial da Perseguição

Conhecido oficialmente como República Socialista do Vietnã, o país que fica na península da Indochina, no Sudoeste Asiático, é o 14º mais populoso do mundo. No Vietnã, o nível de perseguição que um cristão enfrenta depende de sua denominação ou origem. 

Comunidades cristãs históricas, como os católicos romanos, possuem uma certa liberdade, embora possam ser presas caso se tornem politicamente ativas. Grandes parcelas de terras de igrejas católicas, como escolas ou conventos, às vezes, podem ser confiscados pelo Estado.

Os protestantes enfrentam uma perseguição mais intensa, especialmente nas áreas remotas do Centro e Norte do Vietnã. A maioria pertence às minorias étnicas do país, como os hmong, e enfrenta exclusão social, discriminação e ataques.  

Às vezes, casas são destruídas, forçando os cristãos a deixarem as aldeias. Em vários casos, os seguidores de Cristo precisam fugir para o exterior para pedir asilo. Alguns vão para o Camboja, país vizinho, mas correm o risco de ser enviados de volta devido à pressão vietnamita.  

De que forma os cristãos vietnamitas são perseguidos

Opressão comunista e paranoia ditatorial são os principais fatores da perseguição aos cristãos. O ambiente é hostil para todo aquele que se decide pelo cristianismo. Normalmente, os cristãos são tratados violentamente por oficiais do governo, partidos políticos, líderes de grupos étnicos e até parentes. 

Há pressão sobre todos os cristãos, particularmente à luz da forte retórica comunista. Entre as mulheres, apesar de 71% estarem empregadas, a desigualdade de gênero ainda é predominante no Vietnã. Entre as cristãs há medo, pois encontram diferentes formas de pressão e violência.  

As ex-budistas e de culturas tribais, são forçadas pelas famílias a se casar com não cristãos. Muitas deixam de frequentar a igreja quando descobrem sua nova fé. Dentro do próprio casamento, as mulheres enfrentam opressão e ameaças de divórcio por parte do marido. Mulheres e meninas também são mais vulneráveis ao abuso sexual, dada a sua menor posição na sociedade em comparação com os homens.

Os homens cristãos podem enfrentar assédio e discriminação no local de trabalho por causa da fé, e até mesmo perder o emprego. Pastores são alvos de prisão e sequestro. Uma vez sob custódia, eles são tratados duramente, inclusive com espancamento. 

A pressão para renunciar à fé é intensa. Um cristão foi supostamente envenenado pela polícia antes de ser espancado fisicamente. A família, ao visitá-lo, encontrou-o acorrentado a uma cama de hospital.

Mesmo com esse cenário, há cristãos perseverando no Vietnã e confiando nas providências de Deus. “Nós nos convertemos há muito tempo. Recebemos cura e bênção de nosso Senhor. Ele mudou nossas vidas. Não negaremos nossa fé”. Essas são as palavras de Ai e Liem, cristãos vietnamitas perseguidos por causa do nome de Jesus.

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