Pandemia não impede missionários noruegueses de irem a campo

A pandemia limitou todos os tipos de atividades cristãs em todos os países, fazendo de 2020 um ano atípico também para os missionários.

Fonte: Guiame, com informações do Evangelical FocusAtualizado: segunda-feira, 12 de abril de 2021 às 14:30
Jovens noruegueses da JOCUM trabalhando com crianças na África do Sul. (Foto: Reprodução / JOCUM).
Jovens noruegueses da JOCUM trabalhando com crianças na África do Sul. (Foto: Reprodução / JOCUM).

A Jovens com uma missão (JOCUM) da Noruega é a maior organização de envio no país, com cerca de 150 trabalhadores em tempo integral e de longo prazo em diferentes países em situação normal. Este número diminuiu ligeiramente durante a pandemia.

A pandemia limitou todos os tipos de atividades cristãs em todo o mundo, fazendo de 2020 um ano atípico também para os missionários em todo o planeta. Muitos voltaram para seus países de origem, outros que deveriam trabalhar no campo missionário não puderam fazê-lo. Mas a pandemia não impediu completamente o avanço das organizações missionárias norueguesas.

A liderança nacional de JOCUM pode ter ficado tentada a dar um passo atrás devido as circunstâncias, mas ao invés disso escolheu o oposto. Eles decidiram anunciar em jornais cristãos a fim de recrutar novos missionários.

A tática da JOCUM funcionou. Eles pediram aos candidatos a missionários que entrassem em contato, e cinco pessoas responderam.

"Todos os cinco eram candidatos sérios e essa é uma boa resposta", disse o líder de missões Yngvild Hofstad à assessoria cristã KPK.

“Nosso principal objetivo era proclamar que ainda enviamos missionários, mesmo durante a pandemia”, acrescenta Hofstad.

Retornando ao campo missionário

A Norsk Luthersk Misjonssamband (NLM) tem sido tradicionalmente a maior organização de missões na Escandinávia por décadas. Quando a pandemia começou, há um ano, eles tinham 110 missionários em 14 países da África, Ásia e América do Sul. Pouco depois disso, o número caiu para 40. Cerca de nove meses depois, muitos missionários haviam retornado aos campos e o número total de trabalhadores já chegava em cerca de 90.

Alguns missionários foram convidados a sair e voltar para casa por algum tempo enquanto a situação era avaliada, outros foram autorizados a ficar se quisessem. Alguns países têm um sistema de saúde funcionando bem; em alguns lugares, em parte graças ao trabalho dos missionários, outros países não têm esses sistemas sólidos. Portanto, diferentes considerações foram feitas em uma base individual.

“A situação de contágio não é a mesma em todos os países e os missionários pertencem a diferentes grupos de risco. Também consideramos a situação especialmente para as famílias com crianças”, disse o diretor internacional da NLM, Hans Arne Sanna.

Ele está mais otimista com a situação agora do que no início da pandemia, mesmo que novas ondas de coronavírus tenham surgido e o futuro seja difícil de prever.

"Muitos de nossos missionários optaram por viajar de volta para os lugares onde normalmente vivem. Eles ficam felizes em voltar para onde pertencem para que possam continuar a trabalhar. É importante para eles. Trata-se de encontrar algum tipo de normalidade em uma situação anormal", diz Sanna.

Revertendo a crise

Normisjon é uma das menores organizações missionárias norueguesas. Eles estavam enfrentando uma crise de recrutamento no final do ano passado. Agora eles conseguiram reverter isso.

No outono de 2020, enquanto muitos missionários haviam retornado à Noruega, Normisjon não tinha um único candidato a missionário pronto para ser enviado.

“Se vários missionários optarem por não retornar ao campo missionário em 2021, quando a pandemia esperançosamente estiver sob controle, isso afetará dramaticamente nosso trabalho”, escreveu a organização em seu site.

Mas em apenas alguns meses, após uma campanha combinada de arrecadação de fundos e um esforço para recrutar novos missionários, Normisjon conseguiu entrar em contato com um número significativo de pessoas interessadas em missões.

Já o diretor internacional, Tore Giil Bjørsvik, conclui: “Estou certo de que empregaremos missionários neste ano e no próximo”.

Depois de vários anos com um número decrescente de missionários, Giil Bjørsvik disse que Normisjon precisava comunicar que eles ainda levam missionários a sério.

“Esse é o ponto principal do grande mandamento, e não podemos permitir que o dinheiro substitua as pessoas”, afirma.

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