Pastor é apedrejado por muçulmanos, após dizer que Jesus é o filho de Deus

Tom Palapande chegou a ficar inconsciente após a agressão, mas sobreviveu e tem denunciado a intolerância religiosa em Uganda.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: terça-feira, 17 de julho de 2018 às 14:19
Homem ora diante de altar em igreja, em Uganda. (Foto: Reuters)
Homem ora diante de altar em igreja, em Uganda. (Foto: Reuters)

Um pastor foi espancado e deixado inconsciente no leste de Uganda, após um debate com muçulmanos sobre a divindade de Jesus Cristo, enquanto outro pastor foi proibido de realizar cultos após os muçulmanos ficarem zangados porque alguns muçulmanos estavam optando por se converter ao cristianismo.

Tom Palapande, um pastor de 38 anos no distrito de Butaleja, foi deixado inconsciente por muçulmanos que atiraram pedras contra ele e outros líderes da igreja durante uma discussão em sua vila, informou o Morning Star News na última sexta-feira (13).

Palapande realizou uma campanha evangelística de duas semanas em junho, que incluiu debates sobre escrituras islâmicas e cristãs, a Trindade e Jesus como o Filho de Deus. Mas as declarações deste pastor enfureceram os muçulmanos, que começaram a atirar pedras nele, gritando "Allah akbar" ("Alá é grande").

Um líder da igreja, que não teve seu nome revelado, contou: "Uma grande pedra atingiu a testa do pastor, e as pedras também feriram três outros líderes da igreja que estavam perto do pastor no púlpito - Moses Balabye, Agrey Gibenya e Milton Magezi".

Palapande, que foi tratado em um hospital em Mbale, revelou que ele foi atacado por muçulmanos em diversas ocasiões durante os debates.

"Fui espancado, e foi falsamente relatado em um jornal local, bem como na estação de rádio local, que estou desrespeitando a religião do Islã. Essa é uma medida calculada para manchar meu nome", disse ele.

Tensão

Outro ataque recente ocorreu na vila de Mazuba, no distrito de Namutumba, onde uma igreja ainda em construção foi forçada a interromper seus cultos.

"Os membros da igreja agora estão vivendo com grande medo e pararam de frequentar os cultos", disse o pastor Maseruwa Budallah ao Morning Star News.

O problema começou em abril, quando os muçulmanos da região perceberam que várias pessoas haviam escolhido deixar a fé islâmica e começar a frequentar a igreja cristã.

Os filhos de Budallah começaram a ser intimidados por crianças muçulmanas na escola, com ameaças de morte forçando o pastor a mandar sua família para um colégio interno em outra cidade para protegê-los.

O pastor foi avisado de que ele e os membros da igreja que continuam participando dos cultos serão mortos, no entanto, até mesmo seus parentes em outra cidade se levantaram contra ele.

"Você se recusou a voltar para casa e ouvimos que você começou a construir uma igreja para os infiéis", dizia uma mensagem de texto de um parente. "Saiba que Alá vai cuidar de você em breve, e você não vai ter tempo de terminar seu trabalho nem orar por isso".

Atrocidades

Embora sejam maioria em Uganda, os cristãos continuam a enfrentar sérios ataques da minoria muçulmana no país, especialmente nos casos em que deixaram a fé islâmica.

Em maio, uma viúva cristã revelou que seu marido, que havia sido assassinado em abril por assaltantes não identificados, teve seu corpo desenterrado e mutilado, supostamente por membros da família muçulmana com raiva dele ter se convertido ao cristianismo.

"A notícia foi de que o corpo de Kuzaifa foi mutilado e não devidamente enterrado", disse a viúva, Fatuma Muluuta, sobre seu marido, Muluuta Kuzaifa.

"Seu corpo não foi lavado, vários pinos foram inseridos em seu corpo, eles cavaram uma pequena sepultura para o corpo, e vários cortes foram feitos em seu cadáver".

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