Pastor e fiéis são sequestrados pelo Boko Haram no caminho de ação evangelística, na Nigéria

O grupo estava levando suprimentos para refugiados e faria ações de evangelismo no nordeste do estado de Borno, na Nigéria.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quarta-feira, 8 de maio de 2019 às 13:33
Boko Haram sequestrou um pastor e um grupo de fiéis da igreja 'Living Faith', na Nigéria. (Foto: alwaght.com)
Boko Haram sequestrou um pastor e um grupo de fiéis da igreja 'Living Faith', na Nigéria. (Foto: alwaght.com)

Terroristas do Boko Haram sequestraram um pastor, um obreiro cristão e membros da Igreja da Fé Viva ('Living Faith') enquanto estavam a caminho para entregar suprimentos e evangelizar refugiados no nordeste do Estado de Borno (Nigéria).

Rabiu Aminu, Coordenador Estadual de Borno para o Corpo Nacional de Serviços Juvenis (NYSC), confirmou nesta semana que Abraham Amuta, membro do do NYSC, o pastor Oyeleke da Igreja da Fé Viva e outros membros da igreja foram sequestrados ao final do mês de abril.

Conforme relatado pela Agência de Notícias da Nigéria, administrada pelo governo federal, Amuta e o pastor Oyeleke teriam sido sequestrados enquanto viajavam juntos com outros membros da igreja na estrada de Maiduguri para Chibok para entregar suprimentos de ajuda às pessoas deslocadas na região, quando terroristas atacaram os motoristas que levavam o grupo.

"A igreja alegou que o membro do NYSC foi sequestrado ao lado de seu pastor", disse o coordenador. "O NYSC emprega membros do corpo para apenas quatro das 27 áreas do governo local no estado".

Aminu também enfatizou que para um membro do corpo viajar, eles precisam obter aprovação por meio de seu empregador e de um inspetor de zona. No entanto, Aminu afirma que Amuta viajou por conta própria, sem a aprovação do NYSC.

"Nós visitamos a Igreja, e o Comissário da Polícia nos chamou na sexta-feira para falar sobre o incidente e garantiu-nos de seu total apoio para resolver a situação", afirmou Aminu.

Um amigo de Amuta, Success Ezeanya, publicou no Twitter um alerta sobre o sequestro.

"Ele foi para uma ação de evangelismo com um pastor de sua igreja, 'Living Faith", escreveu ele no tweet. "Ele é filho único. Não vamos nos esquecer dele em nossas orações".

Ezeanya disse ao jornal 'The Punch' que ele foi informado por um membro da igreja que os terroristas exigiram um resgate equivalente a cerca de US$ 555.000 antes de libertar aqueles que foram sequestrados.

Não está claro quantos membros da Igreja da Fé Viva foram sequestrados, mas o The Punch relata que Amuta foi sequestrado junto com outros três membros da igreja.

O 'Christian Post' entrou em contato com a Igreja da Fé Viva, uma rede de igrejas, atuante em 65 países, fundada pelo Bispo David Oyedepo em 1983 e sediada na Nigéria, para comentar os raptos e relatos de um resgate exigido. A resposta da denominação ainda está pendente.

Contexto

A Nigéria está classificada como a 12ª pior nação do mundo quando se trata de perseguição aos cristãos. Uma razão pela qual a Nigéria está no topo da lista é o reinado de destruição que o Boko Haram, um grupo de insurgência afiliado ao Estado Islâmico, causou na região nordeste do país e no lago Chade.

Uma ONG cristã no sudeste da Nigéria, chamada Sociedade Internacional para Liberdades Civis e Estado de Direito, informou no início deste mês que cerca de 800 pessoas foram mortas por terroristas do Boko Haram e também dos grupos Fulani, desde o início de 2019.

O Boko Haram é responsável pelo assassinato e sequestro de milhares de pessoas nos últimos anos, já que aterrorizou partes da Nigéria, Níger, Chade e Camarões.

O Índice Global de Terrorismo de 2018 observa que em 2017, 62% das mortes na Nigéria ocorreram no Estado de Borno.

 

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