Pastor é morto a tiros por extremistas islâmicos na Nigéria

Amos Arijesuyo era pastor da Igreja Apostólica de Cristo e professor da Universidade Federal de Tecnologia, em Akure, na Nigéria.

Fonte: Guiame, com informações da Morning Star NewsAtualizado: terça-feira, 26 de janeiro de 2021 às 14:50
Amos Arijesuyo liderava a Igreja Apostólica de Cristo e era professor da Universidade Federal de Tecnologia, em Akure, na Nigéria. (Foto: Facebook /  Arquivo pessoal)
Amos Arijesuyo liderava a Igreja Apostólica de Cristo e era professor da Universidade Federal de Tecnologia, em Akure, na Nigéria. (Foto: Facebook / Arquivo pessoal)

Um pastor e professor nigeriano foi morto a tiros por extremistas islâmicos da etnia Fulani no dia 16 de janeiro, segundo fontes locais informaram à imprensa.

Amos Arijesuyo, que liderava a Igreja Apostólica de Cristo e era professor da Universidade Federal de Tecnologia (FUTA) em Akure, no estado de Ondo, estava voltando de Ibadan para Akure, quando os radicais atiraram em seu veículo, segundo informou um porta-voz da universidade.

“Seu veículo caiu em uma emboscada armada por pastores [pecuaristas] Fulani, que esperavam na estrada, por volta das 17h30”, disse Adegbenro Adebanjo, vice-diretor de comunicações corporativas da universidade, em nota à imprensa. “Os pastores atiraram com rajadas de tiros contra o veículo, alvejando os cinco ocupantes e, infelizmente, algumas das balas atingiram o Dr. Arijesuyo e o motorista”.

O motorista conseguiu manobrar o veículo para buscar ajuda médica, acrescentou Adebanjo.

“Arijesuyo não resistiu aos ferimentos fatais dos tiros que sofreu durante o ataque, enquanto o motorista se recuperava em um hospital”, disse Adebanjo.

Adebanjo observou que o pastor e professor também atuou como secretário adjunto da universidade e chefe da unidade de orientação e aconselhamento.

“A universidade condena nos termos mais veementes este ataque sem sentido que levou à morte prematura de um administrador universitário erudito e conselheiro por excelência”, disse ele. “A morte do Dr. Arijesuyo é uma grande perda para a FUTA, para a comunidade acadêmica na Nigéria e tantos outros. É uma morte que não deveria ter acontecido em primeiro lugar”.

A administração, funcionários e estudantes da universidade esperam que as agências de segurança encontrem e processem os autores do ataque, disse ele.

“Nossas orações e pensamentos estão com a esposa, filhos e membros da família de nosso colega que partiu neste período difícil de luto inquantificável”, disse Adebanjo. “Que o bom Deus lhes conceda a força para suportar esta perda irreparável e dolorosa e conceda ao falecido, repouso eterno”.

Joseph Ayodele, um membro da congregação do pastor assassinado, disse ao Morning Star News que Arijesuyo era um homem de Deus tranquilo.

“O pastor era um mestre, muito inteligente e um homem apaixonado pela Palavra [de Deus]”, disse Ayodele.

Contexto

A Nigéria foi o país com a maioria dos cristãos mortos por causa de sua fé no ano passado (novembro de 2019 a outubro de 2020), com 3.530 casos registrados, contra 1.350 em 2019, de acordo com o relatório da organização de apoio aos cristãos perseguidos Portas Abertas, em sua Lista Mundial da Perseguição 2021.

Na violência contra os cristãos de forma geral, a Nigéria ficou atrás apenas do Paquistão, e atrás apenas da China no número de igrejas atacadas ou fechadas, 270, de acordo com a lista.

A Nigéria liderou o mundo em número de cristãos sequestrados no ano passado, com 990, de acordo com o relatório da WWL. Na Lista Mundial de Perseguição 2021, a Nigéria entrou no top 10 pela primeira vez, saltando do 12º para o 9º lugar este ano.

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