Polícia chinesa coloca cartazes anunciando recompensa para quem denunciar cristãos

A ação é uma tentativa de reprimir a comunidade evangélica em Taiyan, um grande centro urbano com mais de 4,5 milhões de pessoas.

Fonte: Guiame, com informações de ChinaAidAtualizado: quarta-feira, 22 de setembro de 2021 às 18:09
As autoridades estão oferecendo uma recompensa de 310 dólares para quem delatar atividades religiosas. (Foto: ChinaAid).
As autoridades estão oferecendo uma recompensa de 310 dólares para quem delatar atividades religiosas. (Foto: ChinaAid).

A Polícia em Taiyuan, a capital da província de Shanxi, na China, colocou cartazes, anunciando recompensas para quem denunciar cristãos na cidade. A ação é uma tentativa de reprimir a comunidade evangélica em Taiyan, um grande centro urbano com mais de 4,5 milhões de pessoas.

De acordo com o jornal ChinaAid, a Delegacia de Polícia Rodoviária de Taiyuan Pingyang e o Centro de Negócios Comunitários de Pingyangjingyuan penduraram cartazes com grandes slogan que diziam: “Denuncie atividades religiosas ilegais e receba uma recompensa em dinheiro de até ¥ 2.000 (310 dólares). Ligue: 110 ou 12345".

Nos últimos anos, o Partido Comunista Chinês tem intensificado a perseguição contra os seguidores de Cristo ao aprovar uma nova legislação para controlar comunidades religiosas. As igrejas que se recusam a se registrar no Bureau de Assuntos Religiosos, que regulamenta instituições religiosas, enfrentam perseguição e seus membros correm o risco de serem detidos, presos e acusados em processos criminais.

O Bureau de Assuntos Religiosos, o Departamento de Segurança Pública, os agentes de segurança nacional e os escritórios subdistritais da China se uniram para perseguir igrejas não registradas no governo, as chamadas igrejas domésticas. As autoridades comunistas realizam prisões, busca, despejo, multas elevadas e acusações falsas contra os cristãos. 

Aumento da perseguição comunista

Além de perseguir os seguidores de Jesus que estão vivos, o governo chinês também tem como alvo aqueles que estão mortos. Em setembro de 2020, em Yuncheng, no distrito de Yanhu, as autoridades ordenaram a demolição de túmulos dos missionários da "Missão Sueca na China”. Três máquinas escavadeiras e cem pessoas foram acionadas para demolir e plantar árvores no lugar dos túmulos.

Em dezembro de 2020, túmulos de cristãos  também foram destruídos em Xinzhou, onde oito missionários estrangeiros e mais de 40 evangélicos chineses foram enterrados. O mesmo ocorreu no condado de Daning, onde cinco missionários da "China Inland Mission" foram sepultados.

De acordo com relatórios divulgados recentemente, a perseguição religiosa na China se intensificou em 2020, com milhares de cristãos afetados pelo fechamento de igrejas e outros abusos dos direitos humanos. O país ordenou aos cristãos que destruíssem as cruzes de suas igrejas e colocassem imagens de líderes comunistas nas igrejas.

A Missão Portas Abertas classificou a China em 17º na lista de países que mais perseguem cristãos. 



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