Presidente da Missão Antioquia dá detalhes de missões transculturais

Presidente da Missão Antioquia dá detalhes de missões transculturais

Fonte: Atualizado: terça-feira, 1 de abril de 2014 às 3:49

No último sábado, 13 de março, aconteceu a comemoração dos 25 anos do Vale da Bênção, em Araçariguama (SP). A associação Vale da Bênção executa diferentes projetos de ação social, visando resgatar crianças, adolescentes e famílias em situações de risco.

Além dos projetos de ação social, o Vale também tem vínculo com outras associações e é considerado pelo pastor Jonathan Ferreira dos Santos, fundador e diretor executivo, &um guarda-chuva que abriga vários ministérios&, um deles é a Missão Antioquia, fundada pelos pastores Jonathan dos Santos e Décio Azevedo, no ano de 1976.

De acordo com informações do site da Missão, "após um missionário brasileiro ser preso nas mãos de comunistas em Moçambique, O Espírito Santo mostrou aos dois pastores que não era somente aquele jovem que deveria pagar o preço para que o povo moçambicano conhecesse a Cristo, mas que muitos outros missionários deveriam fazer o mesmo, e não só em Moçambique, mas no mundo todo, foi aí que nasceu a primeira agência missionária interdenominacional do país".

Em entrevista ao GUIA-ME.com.br , o pastor Silas Marchiori Tostes, presidente do Vale da Bênção e da Missão Antioquia, falou sobre o trabalho de preparo e envio de missionários por todo o mundo.

Guia-me: Para quantos países a Missão Antioquia já enviou missionários?

Silas Tostes: No momento são 18 países, mas já enviamos para mais de 40 países ao longo dos 33 anos de projeto. Tem lugares que já teve equipe, mas saiu e não tem mais.

Guia-me: Em quais países a Missão se instalou com mais influência?

Silas Tostes: Ao longo dos anos, já nos instalamos fortemente na Bolívia, onde há também um treinamento missionário, nos anos 80 e 90 era muito forte em Portugal, hoje tem só um casal. Já fomos muito fortes em países da África, e estamos priorizamos a África Ocidental, países como Senegal, Burkina Faso e Mali. Hoje temos quatro casais em Burkina Faso, sendo que um deles irá para Mali em julho.

Guia-me: Como é desenvolvido o trabalho missionário em países considerados de risco?

Silas Tostes: Temos alguns missionários em áreas de risco, e justamente nesse final de semana 30 missionários foram expulsos de um desses países. O ideal é o missionário ter alguma coisa para fazer para servir as necessidades: escola de informática, escola de artes, escola de música, escola de futebol, projeto de agricultura. Alguma coisa que ele goste de fazer, seja capacitado e consiga o visto para trabalhar voluntariamente. Aí vai fazer amigos, evangelizar e depois de um tempo eles são expulsos. Mas muitos missionários, enquanto estiveram lá [países de risco], deram frutos.

Guia-me: Que tipo de missionários geralmente são enviados? Solteiros, casais, famílias?

Silas Tostes: Enviamos missionários de todos os jeitos, mas com família é bem mais caro. Quem envia é a igreja e, às vezes, ela não tem dinheiro para enviar uma família inteira. Acaba saindo mais solteiros e casais sem filhos, mas também saem casais com um ou dois filhos de igrejas maiores, com mais recursos e que se associam a outra igreja. No geral, eles saem solteiros e casam no caminho [risos], ou não casam. Guia-me: Ao serem enviados, onde os missionários são alojados?

Silas Tostes: No caso da Missão Antioquia eles são mais velhos, experientes e maduros, têm o próprio sustento e alugam suas casas. Podem morar duas ou três solteiras juntas, mas se for casal, eles têm a casa deles. Em alguns países há o programa de imersão cultural, no qual eles moram com os nacionais durantes uns seis meses, enquanto aprendem bem a língua e a cultura, e depois arrumam o &canto& deles.

Guia-me: Como é feito o trabalho de preparo para o envio dos missionários?

Silas Tostes: No perfil da Antioquia eles têm que ter um certo conhecimento doutrinário, uma certa experiência, aí fazem o curso de preparo missionário que demora seis meses aqui, um ano na Bolívia e depois seguem para o alvo final.

Por: Juliana Simoni

Colaboração: Débora Padoin Malva

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