"Quando minha mãe estava grávida de mim, meu pai dava chutes na barriga dela para eu morrer", conta obreiro do JEAME

"Quando minha mãe estava grávida de mim, meu pai dava chutes na barriga dela para eu morrer", conta obreiro do JEAME

Fonte: Atualizado: terça-feira, 1 de abril de 2014 às 03:49

"Nasci no dia 14 de março de 1986. Meu nome é Lino, conhecido como guerreiro, um jovem que cresceu sem pai, somente com a mãe e seus irmãos, hoje todos casados". Vou relatar um pouco da minha infância e de meus irmãos. Para nós, nunca foi fácil ter um pai alcoólatra dentro de casa. Quando minha mãe estava grávida de mim, meu pai dava chutes na barriga dela para eu morrer. Meus irmãos eram pequenos e morávamos em Guarulhos num barraco de madeira. Para ajudar no sustento, meus irmãos buscavam comida no fim da feira. Um irmão mais velho do que eu foi furado no pulmão com um garfo de churrasqueira pelo meu pai.

Bem, nesta historia toda, fui crescendo e aprendendo o que a vida tinha a me ensinar; e me ensinou que para uma casa ter estrutura precisava ter um pai, um pai que nunca tive. Comecei a trabalhar cedo e com o tempo fui aprendendo o que era uma vida amarga. Então, optei pelo mais fácil. Comecei com o cigarro e depois a maconha. Logo vi que não dava mais e parti pra cocaína, além de usar cola com os meus amigos. Certa ocasião, meu pai me agarrou e me lançou na parede para me matar, porém minha mãe se jogou na frente e não aconteceu nada comigo. Cansado da minha historia de tristeza, o que me restou foi seguir para a vida fácil. Foi daí que quando comecei a roubar e aprender a fazer assaltos, achando que nunca iria ser preso. Uma vez na intenção de roubar algum carro, tentei o primeiro, não deu certo; o segundo, o terceiro, no quarto carro eu consegui, só que o carro estava cheio de pessoas. Então o meu finado parceiro mandou que todos saíssem, pois eu iria dirigir o carro. Foi quando escutei uma voz que me dizia: manda eles saírem e orarem por vocês. Foi isto que eu fiz, pois não conseguia orar de medo. Na verdade, o carro estava cheio de crente e hoje eu sei que Deus cuidava de mim sendo o Pai que eu nunca tive.

Um dia, meus amigos de balada e eu estávamos indo fazer um racha, nós num fusca, contra um outro fusca, enquanto eu e mais três estávamos no banco traseiro e outros dois na frente. Quando falamos "vamos ao parquinho brincar no carrinho de bate-bate", batemos diretamente no poste. Todos se feriram gravemente e um deles teve ataque epilético, mas eu não sofri quase nada. Descemos do carro e eu fiquei segurando o motorista, que acabou falecendo nos meus braços. Agora sei que Deus me guardava mesmo assim.

Uma vez fui tentar um roubo, mas não deu certo e eu acabei preso e mandado para Fundação CASA onde fiquei por cerca de onze meses. Aprendi muita coisa naquele período, mas o meu maior sonho lá dentro era sair e matar um monte de policial. Hoje sei que Deus tinha outros planos pra mim, pois foi num culto dentro da unidade que eu estava que os irmãos do JEAME me evangelizaram. Fizeram uma gincana e disseram que quem decorasse o Salmo 91 ganharia pontos e o grupo que vencedor iria receber alguns doces. Então eu topei e comecei a ler a Bíblia Sagrada. Assim, fui alcançado pelo Senhor. Descobri um novo pai que é Deus.  Agora estou feliz com o pai que eu nunca tive. Há dois anos tenho trabalhado no Ministério JEAME como obreiro. Obrigado a todos vocês por terem feito parte da minha história.     

"Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora" (João 6:37).

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