O pastor de uma igreja que teve mais de 100 membros detidos na China enviou uma carta para a congregação nesta segunda-feira (10), horas antes de ser encontrado e preso. Os fiéis da igreja Early Child Covenant, em Chengdu, foram presos entre domingo e segunda pelas autoridades do país.
Li Yingqiang, o último líder a ser preso, escreveu a carta para pastores, diáconos e membros, os incentivando a permanecer em Cristo mesmo em meio a perseguição. A carta foi publicada pela organização China Partnership.
Na carta, Yingqiang diz que não sabe o paradeiro de todos os cristãos que foram presos, mas garante que “eles estão dentro da providência soberana e graciosa do Senhor. Deus estará com eles no meio de suas correntes e provações”.
“Amados irmãos e irmãs, você tem alegria? Vocês estão se regozijando com o fato de estarem sofrendo com Cristo por causa dessa igreja? Vocês sabem que somos abençoados? Hoje o Senhor está concedendo a nós, pobres, tesouros da glória do céu! O próprio Senhor está nos derramando sobre nós, pessoas fracas, o conforto do céu! O Senhor Jesus está brilhando sobre nós, pessoas cegas, Sua grande luz. Aqueles de nós, irmãos e irmãs, que estão na linha de frente da guerra do Evangelho, ganharão grandes riquezas espirituais!”, escreveu.
O pastor incentivou os membros da igreja a serem gratos a Deus em todas as circunstâncias. “Agradeça ao Senhor por nos cultivar de acordo com Sua verdadeira Palavra! Agradeça ao Senhor por nos treinar através desses dias de dificuldades! Agradeça ao Senhor por nos esculpir através da perseguição! Que o Senhor nos dê grande alegria e verdadeira esperança, e nos fortaleça com a confiança Nele”, afirmou.
Na carta, o pastor confessou que teme que a perseguição se intensifique. Por isso, ele fez algumas orientações, como não registrar a igreja no Departamento de Assuntos Religiosos da China, não abrir mão do prédio da denominação e se reunir secretamente nas casas apenas como último recurso.
“Se houver uma possibilidade pequena de adorarmos juntos como igreja, não iremos nos retirar para pequenos grupos. Mas se tivermos que nos reunir em pequenos grupos e nos opormos a isso, estaremos dispostos a pagar um preço ainda maior para dar testemunho da grande obra do Evangelho em nossa vida. Estamos dispostos a ter 200, 300 ou 500 pessoas presas. Que o mundo inteiro saiba que estamos dispostos a receber esta perseguição pelo bem da nossa fé”, destacou Yingqiang.
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