A agência de notícias International Christian Concern (ICC) soube que os líderes muçulmanos estão exigindo que a sharia (lei islâmica) seja sagrada na Constituição queniana. A ação é contrária aos líderes cristãos, que temem que isso venha acarretar em grande perseguição, como é no Sudão e na Nigéria.
Os tribunais islâmicos, conhecidos como Kadhi, existem há muito tempo em distritos no Quênia. Mas eles estavam limitados a cuidar de divórcios, testamentos e disputas matrimoniais entre muçulmanos.
O Quênia tem elaborado uma nova Constituição, que procura expandir o poder dos tribunais islâmicos para incluir a jurisdição sobre disputas civis e comerciais. Os líderes muçulmanos quenianos também estão pressionando as autoridades para que os tribunais sejam expandidos para um nível nacional, e para que tenham os mesmos privilégios que os tribunais seculares.
Os líderes cristãos argumentam que o reconhecimento dos tribunais islâmicos na Constituição dará privilégios para os muçulmanos no país. O pastor Wellington Mutiso, secretário geral da aliança evangélica no Quênia, disse em uma entrevista: ''Nós nos opomos à inclusão do Kadhi na constituição queniana, porque a religião e o estado devem ser mantidos separados em um estado secular. Além disso, os princípios das leis islâmicas são discriminatórios''.
A maioria da população do Quênia é cristã, sendo que os muçulmanos formam 10%. No entanto, nas áreas costeiras de províncias do Quênia, os muçulmanos são maioria.
O diretor regional do ICC na África disse: ''Pedimos que os oficiais quenianos não reconheçam os tribunais sharia na nova constituição. Isso poderá aumentar a violência e o preconceito contra os cristãos''.
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