Sudão declara guerra contra cristãos para impedir evangelismo de muçulmanos, diz pastor

Segundo o pastor Michael Yat, o governo sudanês não assume, mas está perseguindo os cristãos para inibir os trabalhos de evangelismo entre os muçulmanos do país.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: quinta-feira, 2 de março de 2017 às 19:27
Cristãos participam de culto em igreja do Sudão. (Foto: Radio Good News)
Cristãos participam de culto em igreja do Sudão. (Foto: Radio Good News)

O governo sudanês não confirmou a informação, mas um pastor que foi preso injustamente no país revelou que a cidade de Cartum (capital do país) praticamente "declarou guerra contra os cristãos".

Esta é a razão pela qual pastores estão sendo presos e igrejas estão sendo demolidas no país de maioria muçulmana da África Oriental, de acordo com o grupo de vigilância perseguição religiosa 'International Christian Concern' ('ICC').

Em nome do site internacional 'Christian Post', a equipe do ICC na África Oriental entrevistou o Pastor Michael Yat, um dos líderes cristãos que foram presos no Sudão, por causa de sua fé e suas atividades ministerais.

Yat disse à equipe do 'ICC' que quando viajou a Cartum para assumir uma nova missão pela Igreja Presbiteriana Evangélica do Sudão do Sul em 2014 não tinha uma noção exata da perseguição que enfrentaria para pregar o evangelho.

"Pouco sabia eu que o Sudão tinha declarado uma guerra contra os cristãos", disse.

Assim, no segundo dia ele pregou em uma igreja de Cartum, Yat foi preso e permaneceu nove meses detido.

O pastor explicou a razão pela qual o governo sudanês odeia os cristãos, especialmente aqueles que sabem falar o idioma árabe. Ele disse que é porque o regime do presidente Omar al-Bashir teme que os evangelistas "possam facilmente chegar aos muçulmanos e conquistá-los para Cristo".

Segundo relatos de organizações como o ICC, muitos pastores ainda estão definhando em prisões sudanesas, sob falsas acusações de que teriam "ameaçado a segurança nacional". Um deles é o Rev. Hassan Abduraheem, que tornou-se tema de uma petição global de liberação, elaborada pelo Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ). Abduraheem foi condenado a 12 anos de prisão, por causa de sua fé cristã.

No mês passado, as autoridades sudanesas prenderam mais quatro cristãos, acusados ​​de destruir uma placa que reivindicava que a Escola Evangélica do Sudão era, na verdade, de propriedade de muçulmanos, de acordo com o 'Christian Post'.

O governo al-Bashir ordenou a demolição de numerosas igrejas, com pelo menos 25 templos já derrubados no mês passado.

As autoridades sudanesas também continuam a perseguir os cristãos locais e estrangeiros, efetuando prisões e deportações, respectivamente, segundo o 'ICC'.

A Missão Internacional Portas Abertas dos EUA classificou o Sudão como o quinto país com maior índice de perseguição aos cristãos no mundo, na atualização de sua lista para 2017.

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