Terrorista mais procurado do Quênia que executava cristãos é preso

Rashid Mohamed Salim era um dos comandantes do grupo islâmico Forças Democráticas Aliadas, na África.

Fonte: Guiame, com informações de Internacional Christian Concern e The Christian PostAtualizado: terça-feira, 1 de fevereiro de 2022 às 15:17
Rashid Mohamed Salim era um dos comandantes de grupo islâmico na África. (Foto: International Christian Concern).
Rashid Mohamed Salim era um dos comandantes de grupo islâmico na África. (Foto: International Christian Concern).

Um dos terroristas mais procurados do Quênia, conhecido por executar cristãos, foi capturado e preso pelas forças de segurança da República Democrática do Congo (RDC), no sábado (29).

Segundo o jornal queniano Citizen Digital, o radical islâmico Rashid Mohamed Salim foi encontrado e encurralado por jovens de uma vila no Congo, quando ele e dois homens viajavam para a África do Sul. O terrorista foi entregue para as Forças Armadas da RDC. 

“Este jovem é um grande terrorista. Ele é um ator muito importante nas atividades de abate de cristãos nesta parte de Beni”, disse uma fonte local à International Christian Concern (ICC), uma organização que monitora a perseguição no mundo.

“Temos recebido fotos e vídeos dele cortando as gargantas de cristãos e de policiais. Falam que é ele quem grava por telefone e os publica como propaganda. Ele já é um comandante das Forças Democráticas Aliadas (ADF)”.

As Forças Democráticas Aliadas é um grupo extremista islâmico, com sede em Uganda, que, nos últimos anos, tem realizado ataques a civis e entrado em confronto com forças de segurança no Congo. Centenas de pessoas já foram mortas e milhares foram deslocadas durante o conflito.

O governo do Quênia colocou Salim no radar de procurados da Polícia Antiterror, em novembro de 2021, sob acusações de terrorismo, oferecendo uma recompensa de 88 mil dólares. Havia um temor de que o radical estivesse voltando para o Quênia, vindo de Cabo Delgado, onde se juntou ao Estado Islâmico de Moçambique.

Desde sua prisão na semana passada, surgiram vídeos de Salim explicando as motivações de seus ataques terroristas. Citando um vídeo em que ele decapita um militar das Forças Armadas da RDC, o radical afirmou: 

“Recebi um facão dos rebeldes da ADF para decapitar o soldado do governo que capturamos. Me disseram para chamar a atenção de todas as pessoas do mundo que havia o Islã no Congo, e eles foram convidados a vir e espalhar a religião islâmica para que o Islã pudesse governar o mundo inteiro. Então, matei o soldado em nome de Alá”.

Rashid Mohamed Salim tem formação superior e foi radicalizado na adolescência em uma mesquita em Mombasa, no Quênia. O extremista está envolvido no recrutamento de jovens para grupos terroristas na África Oriental e em diversas atividades terroristas.

O pai de Salim, Mohamed Rashid, disse à mídia, no domingo (30), que não via o filho desde 2020 e não sabia de seu paradeiro. 

“Esse menino frequentou as melhores escolas e teve um bom desempenho. Ele é um menino humilde que amava sua religião. Não sabemos o que deu nele até que as coisas chegaram ao ponto em que estão agora”, afirmou o pai.



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