Turquia bombardeia comunidades cristãs na Síria para expulsá-las de suas casas

Os ataques estão causando danos generalizados com residências destruídas e crateras, obrigando os cristãos a abandonarem suas casas.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: quinta-feira, 25 de novembro de 2021 às 11:43
Os ataques estão obrigando os cristãos sírios a abandonarem suas casas. (Foto: Reprodução/CBN News).
Os ataques estão obrigando os cristãos sírios a abandonarem suas casas. (Foto: Reprodução/CBN News).

As últimas comunidades cristãs na cidade de Dil Dara, na Síria, estão sendo bombardeadas por forças da Turquia. De acordo com a CBN News, os ataques estão em andamento a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia, obrigando os cristãos sírios a abandonarem suas casas.

"Eles nos bombardeiam todos os dias. Olhe!", exclamou um aldeão cristão ao avistar mais um foguete caindo na área, enquanto dava entrevista ao repórter da CBN News. 

Outro morador relatou: “Estamos dormindo com nossos filhos, com nossos animais, fora da aldeia. É isso que estamos fazendo”. 

O objetivo dos ataques com foguetes e bombardeios é expulsar os aldeões para que a Turquia possa assentar na região refugiados sírios que fugiram para o país. A Turquia possui 2,3 milhões de refugiados da Síria.

Os bombardeiros estão causando danos generalizados com casas destruídas e crateras, segundo a CBN News, que visitou uma das vilas atingidas.

“Havia outros civis aqui, talvez 14 ou 15 famílias, mas desde a semana passada eles foram embora. Eles vêm de manhã e vão embora à noite. É um problema”, explicou Aram, comandante das Forças de Defesa da Síria à CBN News.

A vila, que era habitada por mais de 2 mil cristãos, agora está vazia como uma cidade fantasma, assim como outras aldeias cristãs no norte da Síria que foram abandonadas. Na vila visitada pela CBN News, a comunidade estava construindo uma igreja quando foi forçada a fugir para salvar suas vidas. 

Mesmo com a saída dos moradores, a Turquia continua com os bombardeiros a fim de garantir que os aldeões não possam voltar para suas residências. 

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