A Nigéria é considerado o país mais populoso da África, com mais de 148 milhões de habitantes. Embora a economia do país esteja em constante crescimento, a miséria e a discriminação contra as mulheres são fatores que castigam grande parte da população
Em entrevista coletiva a agências internacionais, o secretário-executivo da Agência Nacional para a Proibição do Tráfico de Pessoas (NAPTIP), Simon Chuzi Egede afirmou que entre 20 mil e 40 mil mulheres e meninas da Nigéria já foram levadas ilegalmente a Mali, país vizinho, onde muitas delas terminam em prostíbulos. Além disso, o país nigeriano também faz parte da lista daqueles que sustentam a pena de morte por apedrejamento para crimes de infidelidade conjugal feminina.
Diante dessa realidade, a Igreja Universal do Reino de Deus, há um ano, desenvolve no país um trabalho social importante de ajuda humanitária por meio do grupo Mulheres em Ação. A equipe é formada por esposas de pastores, obreiros e alguns membros da Igreja, que se voluntariaram para ajudar a comunidade, visando socorrer os menos favorecidos e as mulheres vítimas de discriminação.
Para a responsável do trabalho, Marijane Reis, o apoio oferecido pelo grupo traz de volta a esperança que muitos haviam perdido por causa dos problemas enfrentados. Nosso trabalho visa levar esperança e acima de tudo dignidade às pessoas. Além de estarmos ajudando as instituições e as comunidades, temos também como objetivo mostrar para as mulheres nigerianas que tudo é possível, quando se tem força de vontade, comenta.
Recentemente, o grupo se uniu à Associação Beneficente Cristã (ABC), órgão responsável por ações sociais no país, para visitarem a instituição so-said intl, que cuida de pessoas abandonadas, com necessidades mentais, crianças, jovens e idosos. Eles são recolhidos da rua e levados para um centro de ajuda, onde recebem abrigo, alimento e cuidados médicos.
Para arrecadar fundos para a compra de donativos, o pastor responsável pelo trabalho evangelístico da Igreja Universal no país, Luciano Reis, realizou uma campanha junto aos membros da igreja. Durante as reuniões, ele explicou para o povo a importância da doação e o quanto o ato faz bem ao coração do ser humano Abraçamos a causa, começamos a fazer bijuterias e artesanatos para vender em um bazar, para comprarmos alimentos, brinquedos e roupas para os bebês, afirma.
No dia da entrega das doações, as voluntárias do "Mulheres em Ação" distribuíram os alimentos com muito carinho e atenção. O pastor Luciano conta que foi um momento muito especial para todos que estavam participando. Fomos recebidos com músicas e danças apresentadas pelas crianças (foto acima). Abençoamos aquele lugar com orações para os doentes e necessitados. E agradecemos a todos por esse gesto solidário, relata feliz.
Uma nova mulher O grupo "Mulheres em Ação" e a Igreja Universal ajudam mulheres que precisam resgatar a auto-estima e os valores familiares. Blanca Delgado é um exemplo deste importante trabalho. Desde criança, ela conta que sofreu com as brigas e agressões constantes dos pais dentro de casa. "Eu tinha medo do meu pai e sentia raiva da minha mãe", lembra.
Aos 12 anos começou a sair com más companhias e gangues. Neste período a mãe de Blanca assistiu a uma programação da Igreja e começou a participar das reuniões junto com a filha que se sentia obrigada a acompanhá-la. Dias depois ela descobriu que tinha epilepsia, e foi a partir dessa notícia que ela resolveu se dedicar a conhecer a Palavra de Deus.
Fazendo as correntes de oração ela foi curada da doença. Outra prova de sua cura é que no último ano ela se casou com George, um jovem que ela conheceu na Igreja. O péssimo exemplo que tive com meu pai me fez crer que todos os homens eram iguais. Eu os odiava. Mas, agora, eu tenho outra opinião sobre eles. Conhecer Deus foi a melhor coisa que poderia me acontecer", finaliza.
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