#ViagemaoIraque 2: Queijo, fraldas e chá

De repente, faz sentido para mim que a ajuda que essa igreja pode dar também é apoiada financeiramente pela Portas Abertas e pela Igreja em todo o mundo. Sinto-me abençoada em ver com meus próprios olhos que o dinheiro mais simples é de grande ajuda para apoiar essas pessoas

Fonte: Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 2 de setembro de 2014 às 12:21
Iraque _ série2
Iraque _ série2

Iraque _ série2Lídia*, colaboradora da Portas Abertas, compartilha o segundo relato sobre sua viagem ao Iraque. A cada palavra, viva essa experiência com ela e, ao final, saiba como ajudar a Igreja iraquiana

Planejei ir ao culto matinal da igreja e, por isso, meu alarme disparou às 6h15 da manhã. Já posso ver que a temperatura hoje será ainda mais elevada que a de ontem e, de fato, descobri que ela alcançou os 47ºC. Ao sair do hotel, sinto como se um grande ventilador soprasse ar quente pela cidade. Infelizmente, não podemos desligar esse ventilador. Meu estômago protesta contra ele, sinto como se fosse vomitar a cada minuto (desculpe por mencionar esse detalhe desagradável, mas ele está ocupando minha mente agora mesmo). Enfim, lá vamos nós.

O salão da igreja está lentamente se enchendo de pessoas. Algumas meninas me reconhecem e me dão novamente as boas-vindas. Após o culto, aperto as mãos de Shireen, uma jovem mãe de três filhos, que é responsável por todo o material de higiene e alimentos. Elas estão preparando um pacote de chá. Um morador de Erbil doou várias caixas grandes com canecas de cerâmica. A equipe agora acrescenta leite em pó, açúcar e chá para torná-lo um belo pacote extra que pode ser dado às famílias.

O grupo de obreiros dessa igreja está ajudando mais de 360 famílias que estão em Erbil, das quais 216 moram no pátio da igreja. Todos os dias, eles dão café da manhã, almoço e jantar para mais de mil pessoas. Todos os dias! Fico impressionada com todo o trabalho que é feito. Não apenas pela igreja, mas também pelas pessoas que moram em Erbil. A ajuda chega de muitos lados diferentes. Uma companhia telefônica está distribuindo cartões de celular gratuitamente. As pessoas enviam ônibus para a igreja para pegar as mulheres com seus filhos pequenos para que possam tomar banho em suas casas. As crianças recebem brinquedos. A lista de ajuda é interminável.

Quando dou uma olhada no escritório que agora é usado como despensa, vejo um frigorífico cheio de pequenos quadrados de patê de queijo. Na parede, há uma enorme pilha de fraldas. A mesa está cheia de latas de leite em pó para bebê. Além disso, há caixas com arroz, cobertores, papel higiênico e muito mais. Um pensamento me vem à mente; de que toda essa comida e todos os suprimentos devem ter custado uma fortuna.

De repente, faz sentido para mim que a ajuda que essa igreja pode dar também é apoiada financeiramente pela Portas Abertas e pela Igreja em todo o mundo. Sinto-me abençoada em ver com meus próprios olhos que o dinheiro mais simples é de grande ajuda para apoiar essas pessoas. Permanecer junto na tempestade é uma realidade.

Agora, isso é algo de que quero me lembrar quando voltar para casa. Orar e contribuir regularmente parece muito fácil, mas não é! Isso está fazendo uma enorme diferença em lugares como esse. É assim que nós, iraquianos, holandeses, coreanos, franceses, brasileiros ou quem quer que você seja, podemos permanecer juntos, sermos um com eles e fazermos brilhar a luz de Jesus em um mundo de necessidade.

*Nome alterado por motivos de segurança.

Não deixe de conferir a continuação desse relato amanhã.

 

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