Cerca de 500 estudantes universitários, voluntários e colaboradores de 42 países se reuniram na cidade de Jelgava, na Letônia, para participar do European Student Festival (ESF), evento promovido pela IFES Europa (International Fellowship of Evangelical Students).
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O encontro de uma semana coincidiu com os 40 anos da primeira conferência do ESF, e marcou o retorno da IFES a esse tipo de evento na Europa, oito anos após sua última edição.
Com o lema “Thy Kingdom Come” (Venha o Teu Reino, em português), a organização do festival estruturou seu programa a partir de um estudo conjunto do Evangelho de Mateus ao longo de mais de dois meses, integrando a narrativa bíblica ao itinerário espiritual dos participantes.
Embora o inglês tenha sido a língua operacional do evento, os momentos de adoração incluíram músicas em diversos idiomas – filipino, búlgaro, espanhol, lituano, letão – refletindo a riqueza cultural dos presentes. Na abertura, os participantes foram recebidos nas suas línguas maternas, por meio de apresentações locais e orações.
Impacto e testemunhos pessoais
Para muitos participantes, o festival foi um momento decisivo de crescimento espiritual e compromisso. Uma estudante, por exemplo, decidiu ser batizada durante o evento.
Para outros, como Eli Piperkova (BSCU, IFES Bulgária), o evento foi uma oportunidade de “aprender novas perspectivas sobre como Deus se move e trabalha na vida de outras pessoas”.
Clara Cerqueira (GBU, IFES Portugal) afirma que participar do festival foi um lembrete do nosso papel na universidade:
“Por meio das oficinas, Deus me mostrou que Ele considera todas as comunidades Suas, por isso não devemos ter medo de compartilhar o Evangelho com ninguém”.
Outro estudante disse: “Para mim, participar deste evento foi muito especial. Tive o privilégio de servir na equipe de oração, o que me permitiu ver o impacto que os ensinamentos tiveram na vida daqueles que os ouviram.”
“Também testemunhei Deus trabalhando comigo e através de mim durante todo o festival, respondendo a muitas das minhas orações. Além disso, compartilhei momentos inesquecíveis com velhos e novos amigos internacionais, que conquistaram um lugar especial no meu coração.”
Programação bíblica e espiritual
As manhãs foram dedicadas a plenárias com exposições bíblicas conduzidas pelos teólogos Jared Michelson e Laura Gallacher.
Jared Michelson e Laura Gallacher durante ministrações da Palavra. (Foto: Markuss Kutumovs)
Michelson abordou temas como “The Messiah” (O Messias, em português), falando sobre a autoridade de Jesus, além de questões sobre mal e sofrimento.
Gallacher ministrou sobre “The Master” (O Mestre, em português), destacando o papel de discipulado e o chamado de Jesus para seus seguidores, além de enfatizar descanso e cuidado espiritual.
Outra preleção tratou de “The Saviour King” (O Rei Salvador, em português), evidenciando a missão redentora de Cristo e a reconciliação entre Deus e a humanidade.
As noites tiveram foco em testemunhos, compromisso missionário e ministérios estudantis da IFES, como Engaging the University, Good News for University e Graduate Impact.
Também houve painéis sobre saúde mental, sexualidade, autocuidado e renovação espiritual.
Evangelismo e expressões artísticas
Uma parte especial do festival foi o chamado Dia de Impacto, quando os participantes levaram a mensagem cristã para as ruas de Jelgava: realizaram cultos ao ar livre, exposições artísticas, jogos de equipe e ofereceram café, chá e sucos com perguntas reflexivas, convidando conversas espontâneas com as pessoas.
Relatos emocionantes marcaram essa fase: estudantes relataram conversas profundas, oportunidades de conexão cultural e até desafios superados pela iniciativa e espontaneidade.
Outro ponto alto foi o “Mark Drama”, uma peça teatral de 90 minutos baseada no Evangelho de Marcos.
Cena da apresentação do Mark Drama. (Foto: Markuss Kutumovs)
Sem figurinos nem os recursos tradicionais do teatro, os atores se misturavam ao público, criando uma experiência imersiva ao interagir diretamente com os espectadores.
E o impressionante: os atores só começaram os ensaios três dias antes do evento, e muitos não tinham experiência anterior ou falavam diferentes línguas entre si.
O diretor do evento, Christian Pichler, comentou sobre os desafios logísticos, como cancelamentos, negociações de data e local, comunicação entre tantos países, e expressou gratidão por ver seu ideal tomar forma.
Para ele, o destaque foi a noite de abertura: ver a sala lotada de jovens de toda a Europa, adorando em múltiplas línguas, foi um momento de consolidação da visão.
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