A importância da petição Free to Believe

A importância da petição Free to Believe

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:10

 A Organização da Conferência Islâmica, que compreende 57 países, sendo a maioria de população muçulmana, apresentará mais uma vez a Resolução da Difamação da Religião na Assembleia Geral das Nações Unidas, no final deste ano. Essa Resolução considera crime em países muçulmanos algumas práticas religiosas, tais como pregação a muçulmanos. Sendo aprovada, ela trará consequências graves aos cristãos que vivem em países sob estas leis islâmicas.

Muitos países integrantes da Assembleia Geral da ONU apoiaram essa resolução no passado, mas alguns agora estão mudando de ideia. Este ano, existe uma possibilidade real de que ela seja derrotada.

A petição global realizada pela Portas Abertas Internacional se une a milhares de cristãos ao redor do mundo. No Brasil o abaixo-assinado já ultrapassou mais de 20 mil assinaturas e será entregue às Nações Unidas em dezembro deste ano. Você pode assiná-la online no site! Saiba mais e participe da campanha Free to Believe.

Abaixo, segue o relato de uma viúva cristã de Karakalpaquistão, uma região autônoma do Uzbequistão, que já sofre discriminação por ser cristã. Ela e seu filho foram proibidos de enterrar o marido, pois a comunidade em que vive tem uma lei informal que proíbe o enterro de não muçulmanos.

Hostilidade ao cristianismo Em março de 2009, uma família cristã do Karakalpaquistão foi impedida de sepultar um ente, mesmo este não sendo cristão, como forma de punição social à viúva e seu filho por suas crenças e atividades religiosas.

O esposo da cristã Aksulu, de 67 anos, morreu de um ataque cardíaco. e as autoridades locais decidiram puni-los.

O imame da cidade não permitiu para realizar o enterro. Então, o clero islâmico e a polícia secreta proibiram a família de realizar um funeral tradicional. Vizinhos e outros imames foram avisados para não participar de qualquer cerimônia. O cemitério local se recusou a contribuir com qualquer parcela no sepultamento e foi colocado um guarda para impedir que se cavasse uma sepultura.

Aksulu foi à principal mesquita da cidade para resolver o problema, foi informada que não poderia enterrar seu o marido a menos que assinasse uma "confissão" sobre suas atividades cristãs e prometesse espionar outros cristãos e publicamente renunciasse a Cristo.

Quando a viúva cristã se recusou, foi ameaçada com uma multa caso continuasse com qualquer "ensino religioso". Também foi informada que após uma segunda infração dentro de um ano, seria submetida a um processo criminal, e poderia ser presa. Por último, três dias depois, os anciãos locais cederam e arrumaram um funeral discreto fora do cemitério, que causou problemas a eles. A polícia de segurança os advertiu a não fazerem mais isso.

Aksulu é mãe de Polat, um cristão cadeirante, que já fora perseguido pela polícia local e teve sua Bíblia confiscada pelo Comitê de Assuntos Religiosos que concluiu que o livro era proibido em na região.

Na cultura karakalpaque, toda a comunidade deve participar de uma refeição comum à família como forma de partilha sua dor. Mas, para vergonha da família enlutada, os vizinhos foram ameaçados de acusação penal pela polícia caso tivessem qualquer envolvimento com a família quanto aos rituais fúnebres como o 40º e 100º dia após o falecimento.

Apenas cinco dias depois o esposo de Aksulu morreu, uma mulher cristã de uma cidade vizinha também morreu e por causa das advertências policiais, o seu enterro também foi arranjado sem o apoio da comunidade.

"As autoridades não permitem que os falecidos de família de cristãos sejam enterrados de acordo com as tradições locais", disse um líder cristão. "A comunidade não está autorizada a dar qualquer ajuda material ou a participar das cerimônias."

Estes e outras formas de intimidação dos oficiais da polícia de segurança continuam a ter o maior impacto sobre os cristãos locais de karakalpaque. Eles são forçados a enfrentar imensas pressões psicológicas e físicas em um contexto hostil ao cristianismo.

A contínua cobertura negativa da mídia televisiva e os jornais têm colocado a sociedade karakalpaque contra os cristãos, retratando-os como "seita perigosa” e “inimigos do povo”.

Os líderes comunitários formaram alianças com o clero islâmico em oposição aos cristãos locais, e os tratam como párias da sociedade. Os cristãos são agredidos verbalmente e, muitas vezes, agredidos em público numa tentativa de forçá-los a renunciar a Cristo.

Tradução: Carla Priscilla Silva

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