O cantor angolano Jaime Mendes defendeu ontem, segunda-feira, no Huambo, a necessidade da criação de um prêmio nacional de música gospel no país, com objetivo de valorizar o gênero musical e contribuir para a sua afirmação.
Falando à Angop, a propósito do atual panorama da música gospel em Angola, Jaime Mendes fez saber que a criação do prêmio visa também, incentivar a descoberta de novos talentos e permitir que o estilo musical seja valorizado como os demais.
Considerou que a música gospel tem registrado avanços significativos, quer do ponto de vista melódico, como também nas suas composições, o que demonstra a sua aceitação pela população.
"É um gênero que está em franco desenvolvimento e que aos poucos vai fazendo parte da cultura e do cotidiano do povo. Já houve tempos em que a música gospel não tinha aceitação e os próprios cantores se esquivavam de lançar discos, mas atualmente o cenário é diferente. Fruto dos esforços dos músicos em melhorarem a qualidade, desde a composição a melodia", contou.
Jaime Mendes, que enalteceu a direção da Rádio Luanda por ter incluído no seu TOP musical o gospel, reconheceu haver em Angola bons intérpretes, que através das suas músicas têm estado a contribuir para a expansão do evangelho, principal objetivo deste da música.
De 40 anos de idade, Jaime Mendes é um cantor que desde a sua tenra idade se identificou com a música gospel, pelo fato de ser filho de um pastor que muito cedo o colocou em contato com a cultura religiosa.
Na década 80, o cantor e a sua família emigraram para Portugal em busca de melhores condições de vida. Foi neste país onde, influenciado pela sonoridade dos coros norte-americanos e sul-africanos, tornou-se, juntamente com o seu irmão e dois sobrinhos, co-fundador do grupo vocal "African Voices" do qual é atualmente líder. Em finais de 2010, lançou o seu primeiro disco a solo, intitulado "descanso", que tem sido sucesso de crítica perante os apaixonados da música gospel em Angola, e não só.
O grupo do qual é líder, "African Voices", tem três discos gospel no mercado e faz parte da galeria da música erudita não apenas em Portugal, mas também em outros países europeus entre os quais a Espanha, Inglaterra, França e Itália.
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