A Marcha traz um desdobrar de honra para o povo de Deus, diz Bispo Gê

A Marcha traz um desdobrar de honra para o povo de Deus, diz Bispo Gê

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:37

Em entrevista exclusiva ao site oficial da Marcha para Jesus, o bispo Geraldo Tenuta Filho, conhecido como Bispo Gê, fala sobre o processo de aprovação da lei da Marcha e conta histórias referentes ao maior evento evento cristão do mundo. Confira

A marcha para Jesus começou na Inglaterra. Como o evento foi trazido para o Brasil? A marcha começou em 1987 na Inglaterra. Ali, o Roger Foster e outros servos de Deus começaram a desenvolver o evento. Na época, a marcha atingiu 27 cidades e com o tempo foi tomando uma proporção maior. Nos anos 90, ela chegou ao Brasil. Um pastor que conhecia o Roger Foster estava em viagem no país e indicou o apóstolo Estevam Hernandes, que era a pessoa mais importante nessa área de eventos, a dar continuidade a marcha e implantá-la no Brasil. A primeira marcha aconteceu em 1993 e já foi um grande sucesso. Mais de 300 mil pessoas se reuniram. Foi além das nossas expectativas. A característica do apóstolo Estevam fez com que uma marcha que deveria reunir em torno de 60 mil pessoas, simplesmente explodisse. O público ocupou os dois lados da Avenida Paulista, desde a Brigadeiro Luis Antônio até o MASP. Foi algo que já começou a fazer história desde sua primeira edição.

Atualmente, a Marcha Para Jesus é amparada por leis. E na primeira edição? Como vocês fizeram para agregar as igrejas e conseguir as liberações de órgãos responsáveis? A primeira marcha, entre aspas, nem foi algo tão profissional, pelo fato de que nós mesmos não esperávamos que ela tivesse o porte que teve. Porque um movimento com 300 mil pessoas já exigiria toda a documentação necessária. Mas na época, nós conseguimos o apoio da Policia Militar, a CET, na época conhecida como DSV, e nós vimos o envolvimento, que na ótica, tanto nossa quanto deles, não seria o suficiente. Mas a dimensão que alcançou no ano de 1993 fez com que no ano seguinte, nós já desenvolvêssemos uma capacidade organizadora correspondente ao evento. Nós contatamos todos os departamentos de mérito necessários. Polícia Militar, Polícia Civil, a própria prefeitura, órgãos de segurança e assim por diante. A partir da segunda marcha, o desenvolvimento foi um pouco mais complexo. Mas hoje, graças a Deus, temos uma estrutura completa. Já são 18 anos que a gente tem feito tudo de forma bem sucedida. Estamos na décima nona e tudo está sendo realizado com excelência. Então, isso já se tornou um Know-how adquirido.

Qual foi a experiência mais marcante que o bispo teve no evento? Todas as edições trazem para a gente experiências marcantes, porque uma marcha é diferente da outra. Eu acho que até ficaria difícil citar. Mas uma que foi especial mesmo, foi quando o apóstolo Estevam profetizou em frente à Casa de Detenção de São Paulo e no ano seguinte, veio o projeto para demolir a presídio. Hoje, no lugar daquela Casa de Detenção, nós temos o Parque da Juventude. Foi um impacto muito forte, porque no mesmo ano, depois da oração do apóstolo, já veio a resposta.

Qual é a proposta espiritual da marcha para Jesus? Uma delas é o reconhecimento, porque a igreja precisa ter algum tipo de penetração nos meios sociais e culturais para levar o evangelho. A prioridade maior é a evangelização. A segunda prioridade seria o ato profético, porque no momento em que milhões de pessoas estão declarando o nome e o senhorio de Jesus, o mundo espiritual é totalmente alterado. Isso é nítido. Sempre que acaba a Marcha para Jesus, as portas se abrem para a igreja, milagres como nós vimos no presídio acontecem. Tudo isso a gente sabe que é resultado deste mover profético. E o terceiro desdobrar é o crescimento da própria igreja no conteúdo da música gospel. A penetração que hoje existe nos meios de comunicação do gênero gospel é bem expressiva. Hoje, há um grande reconhecimento por parte dos meios de comunicação deste mundo, não somente aqueles que são do nosso seguimento espiritual. Tanto que a gente vê programas de televisão dedicando um determinado tempo para o meio gospel. O show também é muito importante. Na concentração, nós temos 500 mil pessoas, é um contingente maravilhoso. Nós vemos a apresentação dos melhores artistas e das melhores bandas. Este é um desdobramento importante, porque promove cada vez mais o crescimento do evangelho e da cultura gospel.

Como foi o processo da liberação da aprovação do dia da Marcha Para Jesus? Este processo começou por meio do senador Marcelo Crivella. Este processo ficou tramitando por dois anos e meio no Senado. O Senador Marcelo Crivella me escolheu como relator do projeto na Câmara dos Deputados. Graças a Deus, em dois meses e meio, eu consegui que fosse feita a aprovação do projeto. Logo em seguida, ele foi levado para a Casa Civil, para o governo e o Lula, presidente na época, sancionou o projeto e hoje ele é lei. Hoje, graças a essa lei, batalhada pelo povo e por homens de Deus, nós temos um dia especial para a Marcha para Jesus, que compõem inclusive, o dia de um feriado nacional. É uma grande conquista, para nós que somos evangélicos, porque por muito tempo nós fomos descriminados e perseguidos. Hoje, a Marcha Para Jesus ocupa um lugar de honra e isso traz um desdobrar de honra também para o povo de Deus.

Além do dia nacional, qual é o outro amparo que lei trouxe para o evento? Além da data, por ser federal já abre um precedente pra que outras marchas sejam realizadas em todos os estados brasileiros e também em todos os municípios. Hoje, se você quiser que haja em um determinado município essa lei, fica mais fácil, pelo fato de que ela já existe em ordem federal. Isso trouxe também um estimulo maior. Por exemplo, no estado do Amapá já ocorre a Marcha para Jesus em todas as cidades. Veja que conquista maravilhosa. Em um Estado, todas as cidades têm Marcha para Jesus durante o ano todo.

O que você espera para a marcha deste ano? Eu espero que seja a maior marcha que já houve e que continue sendo o maior evento que agrega pessoas, em torno de algo espiritual, como nós entendemos. E que é o maior evento da história, não é o maior da época, mas é a maior da história. E esperamos que continue sendo.  

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