Adolescente cristão é forçado a confessar "blasfêmia" contra o Alcorão

Asif Masih foi espancado por um grupo de muçulmanos que queria atear fogo em seu corpo.

Fonte: Guiame, com informações do World Watch MonitorAtualizado: segunda-feira, 21 de agosto de 2017 às 20:13
O garoto foi surpreendido pelo grupo de muçulmanos que queria matá-lo. (Foto: Reprodução).
O garoto foi surpreendido pelo grupo de muçulmanos que queria matá-lo. (Foto: Reprodução).

Uma multidão de muçulmanos irritados quase matou um menino cristão de 16 anos, que é completamente analfabeto e tem um ligeiro desvio mental, por supostamente ter queimando páginas de um Alcorão. Ele foi forçado a confessar o crime e agora está sob custódia, apesar das aparentes inconsistências em evidência.

O incidente envolvendo Asif Masih, também conhecido como Sheeda, ocorreu a cerca de 250 quilômetros de Lahore, na remota aldeia de Jamkay Cheema, no distrito de Gujranwala, no dia 12 de agosto, dois dias antes do Paquistão comemorar 70 anos de independência. O rapaz foi acusado sob a seção 295B da lei de blasfêmia, e se for considerado culpado, enfrentará prisão perpétua.

Asif Masih estava comprando alguns bens domésticos quando Muhammad Nawaz, também conhecido como Majhoo, o agarrou e começou a chamar os transeuntes, declarando que Masih havia quebrado ama caixa de coleta de dinheiro no santuário. "Assim que a multidão se reuniu, Majhoo incitou-os dizendo que o rapaz tinha queimado páginas de um Alcorão", disse Waheed Masih, tio do garoto, ao World Watch Monitor.

Espancado

O tio disse que enquanto Masih estava sendo espancado, alguém informou a polícia. "A polícia chegou e colocou o garoto em sua van, mas as pessoas ainda estavam tentando derrubá-lo e puxá-lo para fora da van. Depois disso, a multidão frenética chegou ao local de registro e tentou retirá-lo da custódia policial", disse ele.

"Eles estavam gritando que queriam matá-lo e queimar seu corpo. Percebendo a pressão, a polícia chamou a delegacia de polícia de Alipur Chatta para enviar mais policiais. Até chegarem, Asif ainda estava sendo espancado e, por medo, confessou que ele tinha queimado as páginas".

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