Adolescente se sacrifica para impedir que igreja fosse explodida em ataque, na Indonésia

Daniel costumava servir como segurança voluntário em sua igreja e viu quando a van chegou para o ataque.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 5 de junho de 2018 às 13:14
O adolescente impediu que os membros da igreja fossem mortos. (Foto: Reprodução).
O adolescente impediu que os membros da igreja fossem mortos. (Foto: Reprodução).

Daniel só tinha 15 anos quando protagonizou um ato de coragem que será sempre lembrado pelos cristãos da Indonésia. No último domingo (3), o jovem estava servindo como guarda voluntário em sua igreja. Ele também ajudava no estacionamento.

O rapaz estava substituindo seu avô, que veio a falecer em 2017. Depois que ele cumpriu a atividade no culto da manhã, ele decidiu aproveitar o culto da tarde para ajudar no louvor. Daniel tocava bateria.

“Ele chegava cedo no domingo para verificar tudo antes de o culto começar. Sou muito orgulhosa dele. Como cristãos, somos ensinados a amar e perdoar. Estou feliz pelo fato de ele não ter morrido em dor, ele morreu sendo cristão”, disse sua avó.

Proteger os seus

Antes do ataque, algo diferente aconteceu. Na noite anterior, ele e sua única irmã, Novi, de 20 anos, conversavam sobre fotografia e ele pediu que ela o fotografasse. “Não era comum ele me pedir isso, e não podia imaginar que seria a última vez”, disse a moça.

Ela conta que a mãe dos dois morreu quando eles eram bem pequenos. Tempos depois, o pai se casou novamente e eles foram morar com os avós. “Quando as pessoas dizem que meu irmão foi um herói, isso me dói. Por que ele?”, indaga Novi.

Apesar da trágica história, Daniel não morreu em vão. Ele viu quando dois seguranças foram atropelados por uma van. Warisman e Giri foram atingidos pelo veículo enquanto faziam a guarda da igreja.

O objetivo da van era invadir a igreja, mas Daniel tentou parar o carro se jogando na frente dele. Segundos depois, a van explodiu, despedaçando seu corpo. O segurança Warisman morreu no dia seguinte.

Já Giri foi levado ao hospital, mas faleceu dias depois. Ele ficou com 95% do corpo danificado por conta das queimaduras. Apesar de ser muçulmano, ele trabalhava na GPPS há 22 anos e representava a maioria dos muçulmanos indonésios, que praticam uma versão moderada do islamismo.

Os três, Daniel, Giri e Warisman, receberam menções honrosas do governo de Surabaya. Eles estavam entre as 41 pessoas que foram homenageadas no dia 21 de maio pela coragem que tiveram.

“Se não fosse por eles, a van teria chegado mais perto do templo e matado mais pessoas”, ressalta a Portas abertas. A Indonésia ocupa a 38ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2018.

Três igrejas de Surabaya (Indonésia) foram atacadas recentemente, resultando em 15 pessoas mortas e 30 feridas. Seis dos que perderam a vida e ao menos sete dos feridos eram membros da GPPS.

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