A Igreja não pode dar as costas aos problemas e necessidades que as comunidades indígenas do sul andino enfrentam, admitiram os mais de 600 líderes de igreja e agentes de pastoral que se reuniram, dias 16 a 18 de novembro, na cidade imperial de Cusco, para tratar da Igreja e Missão Integral: Respondendo com compaixão à realidade do povo indígena no Sul peruano.
Os problemas mais críticos que as comunidades de fala quechua da região enfrentam são a contaminação ambiental, a corrução, a violência familiar e o abuso contra crianças.
Essa realidade demanda da igreja a recuperação de seu espírito de serviço, com um sentido mais integral e transcendente na sociedade, porque não somos uma ilha; somos parte da comunidade e ali temos que cumprir nosso papel como seguidores de Jesus e servidores das causa do Reino de Deus em nossa própria comunidade, assinalou o pastor Fredy Quintanilla.
Na consulta, organizada pela Rede Miquéias, a Associação Tawantinsuyuman Evangelioq Kancharinanpaq (ATEK) e Paz e Esperança Internacional, os participantes assinalaram que é preciso contextualizar a reflexão bíblica, construindo uma teologia que leve em consideração a cosmovisão andina e a cultura do mundo quechua.
Temos que ser não só ouvintes, mas também fazedores da Palavra para que o depoimento da igreja ajude na transformação das pessoas, também do nosso povo, assinalou o pastor Filiberto Lima, da igreja Cristã Evangélica de Ayaviri.
Quanto à problemática ambiental, a consulta propôs a necessidade de recuperar a imagem de Deus como sustentador e restaurador da Criação.
Nossa igreja tem que fazer sentir sua responsabilidade com uma correta mordomia da Criação. Não podemos ficar calados, só olhando, temos que fazer escutar a nossa voz de indignação ante tanta contaminação e maus tratos de nossos recursos naturais, defendeu o pastor Eron Quispe, professor do Instituto Bíblico de Sicuani, Puno.
A igreja, disseram, tem que ter uma atitude mais proativa frente aos problemas que afetam de modo especial os mais pobres da região. Por isso, propuseram-se a participar de forma mais atuante nos espaços locais de decisão política, desenvolver campanhas de vigilância para evitar a contaminação ambiental, incorporar nos programas de formação teológica das igrejas a perspectiva da missão integral e a diaconia pública.
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