Apologia conforme a Bíblia

Apologia conforme a Bíblia

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:08

Há alguns anos houve um forte interesse no preparo dos crentes para o combate às idéias errôneas das seitas e religiões não cristãs. Nesta época floresceu a revista Defesa da Fé e o ICP – Instituto Cristão de Pesquisas. Esta onda passou. Já não se nota tanto interesse nos crentes pelo assunto, não como houve. Em parte esse desinteresse tem a mesma razão da apatia dos evangélicos em outras áreas: a vaidade do mundo. Mas há ainda alguns aspectos ligados ao modo, que produziram muita frustração e precisam ser considerados.

O termo que utilizamos para denominar as discussões sobre doutrina é apologia. Este termo, composto de uma preposição (apo) e o termo (logos = palavra, fala). A idéia está relacionada ao modo como alguem age ou reage, a uma acusação por exemplo: "pela palavra". Em suas duas formas, apologia e apologeomai, a idéia é repetida dezessete vezes no Novo Testamento, mais especificamente nos livros de Lucas (2), Atos (7), Romanos (1), 1,2Coríntios (3), Filipenses (2), 2Timóteo (1), 1Pedro (1).

A maioria das referências a Almeida traduz como defesa ou como resposta. Apologia tem este uso frequente no Novo Testamento, de falar em defesa própria e isto combina com o uso cotidiano do verbo inglês "apologize" algo como o nosso "peço desculpas". O uso mais próximo dos debates doutrinários é feito por Pedro: "Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo, porque, se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal. " 1Pe 3:14-17.

Pedro dá aqui instruções muito claras sobre a apologia cristã e talvez a transgressão destes princípios seja a causa da frustração e do desinteresse. Há muito o que podemos tirar deste texto sobre o assunto, porém a lição a ser aprendida é que nossa apologia deve ser de respostas a questionamentos que os outros façam sobre nossa fé, não de questões intrigantes e desafiadoras que façamos a eles. Nossa pregação evangelística deve ser ativa, mas nossa apologia deve ser passiva, gentil e educada, concentrada em nossa fé, não na fé do outro. Também devemos estar preparados, conforme Pedro, para o não funcionamento da apologia feita assim, e o consequente sofrimento de viver em um mundo avesso à nossa fé.

José Bernardo , 46, casado com Vasti e pai de João Marcos e Isabella, é pastor, escritor e conferencista. Depois de uma significativa carreira em marketing, e bem sucedido pastorado, fundou, no ano 2.000, a missão AMME Evangelizar, com o propósito de ajudar as igrejas evangélicas brasileiras a cumprir a Grande Comissão. Sob sua liderança a AMME já ajudou mais de 30.000 igrejas a apresentar o Evangelho a mais de 90.000.000 de pessoas e agora avança para os outros países de língua portuguesa.  

Site:   www.evangelizabrasil.com .

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