Após quatro anos de espera, mais de 30 cristãos são libertados da prisão na África

O grupo havia sido preso por participar de igrejas que não eram registradas pelo governo da Eritreia.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 24 de julho de 2018 às 14:05
Pastores e líderes ainda continuam presos em cadeias de segurança máxima. (Foto: Reprodução)
Pastores e líderes ainda continuam presos em cadeias de segurança máxima. (Foto: Reprodução)

Na semana passada, 35 cristãos foram libertados da prisão na Eritreia. Entre os encarcerados estavam 11 mulheres que foram soltas sob fiança da prisão de Mai-Sirwa, nos arredores da capital Asmara. Sabe-se que este grupo foi preso por fazer parte de igrejas cristãs sem registro.

Em 2002, a Eritreia aprovou uma lei proibindo igrejas além das que já possuem autorização. Embora os 35 cristãos tivessem assinado um formulário há quatro anos e meio prometendo não participar mais dos cultos, eles só foram soltos agora. Boa parte deles são jovens e não possuem cargos de liderança em suas igrejas.

Já os pastores e líderes continuam presos em prisão de segurança máxima. A libertação dos 35 cristãos foi confirmada pelo grupo de direito Release Eritrea.

Apesar da libertação dos 35, há ainda o sentimento de preocupação para com os cristãos que ainda estão presos. “Em particular um ancião, líderes religiosos e pastores que estão presos desde 2004. Por conta da idade avançada, eles têm cada vez mais problemas de saúde”, disse o Dr. Berhane Asmelash, diretor do grupo.

Pedido de liberdade

Segundo Berhane, há centenas de prisioneiros em pelo menos 10 prisões pelo país. Ele informa que estas prisões podem chegar até 20 anos. A Release Eritrea estima que em apenas duas prisões (Mai-Etir e Dahlak) estejam cerca de 250 presos e o pedido é que todos sejam soltos.

Thomas Reese, líder da Comissão Internacional de Liberdade Religiosa americana, disse que o país continua sendo “um dos piores exemplos de repressão da liberdade religiosa ou crença patrocinado pelo Estado no mundo”.

Estima-se que de 1,2 a 3 mil pessoas estão presas por motivos religiosos na Eritreia. Este número está dividido em cerca de 60 prisões e campos que compõem uma extensa rede de prisões.

Há uma necessidade de melhoria na situação dos direitos humanos no país, o que pode vir a acontecer com a melhora no relacionamento com a Etiópia. De acordo com a Portas Abertas, a Eritreia é o 6º país na Lista Mundial da Perseguição 2018, que classifica os 50 países onde é mais difícil viver como cristão.

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