Boko Haram ataca escola e sequestra mais de 100 meninas, na Nigéria

De acordo com os pais, 73 garotas já foram resgatadas, mas 13 ainda estão desaparecidas e outras duas morreram.

Fonte: Guiame, com informações do Portas AbertasAtualizado: sábado, 24 de fevereiro de 2018 às 11:27
“Estamos começando a pensar que o pior tenha acontecido – outro episódio como o de Chibok”, disse um dos pais. (Foto: Reprodução).
“Estamos começando a pensar que o pior tenha acontecido – outro episódio como o de Chibok”, disse um dos pais. (Foto: Reprodução).

Na noite da última segunda-feira (19), o Boko Haram invadiu uma escola secundária em Dapchi, no estado de Yobe, Nigéria. O delegado da cidade, Abdumaliki Sunmonu, disse que havia sumido, após a invasão, 111 meninas. As informações são da rede de TV Al-Jazeera.

O delegado ainda disse que das 926 alunas da Escola Estadual para Meninas, apenas 815 voltaram no dia seguinte. A cidade de Dapchi é predominantemente muçulmana.

Abubakar Shehu é tio de uma das meninas desaparecidas. Ele disse: “Nossas meninas estão desaparecidas há dois dias e nós não sabemos onde elas estão. Disseram que elas fugiram para alguns vilarejos, mas nós já fomos a todas as aldeias mencionadas e não as encontramos”.

Ele ainda salientou: “Estamos começando a pensar que o pior tenha acontecido – outro episódio como o de Chibok”. O homem faz menção ao sequestro também realizado pelo Boko Haram, em abril de 2014, onde eles levaram 276 meninas de uma escola na cidade de Chibok.

Segundo a BBC, o governo do estado de Yobe anunciou que havia resgatado algumas meninas, mas ainda não disse quantas. Já a agência de notícias Reuters informou que os pais disseram que 73 meninas foram resgatadas, mas 13 ainda estavam desaparecidas. Outras duas foram encontradas mortas.

Sabe-se que os jihadistas chegaram na escola atirando e lançando explosivos. De acordo com o relato de fontes locais, eles estavam em carros do exército e disseram para as estudantes que estavam lá para protegê-las.

As meninas do Chibok representam apenas uma pequena fração do número de mulheres capturadas pelo Boko Haram no norte da Nigéria. Em seus oito anos de atuação, o grupo islâmico radical já matou cerca de 20 mil vidas. Também obrigou mais de 2 milhões de pessoas a fugir de ataques, deixando casa e vida para viver como deslocados ou refugiados.

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