Membros militantes do Boko Haram atacaram uma aldeia cristã. A ação aconteceu na madrugada do dia 15 de janeiro, quando membros do grupo extremista atearam fogo em várias casas. Eles também queimaram duas igrejas no vilarejo de Roum, no extremo norte de Camarões.
Mas, o resultado do ataque foi além das duas igrejas queimadas. Segundo a Portas Abertas, quatro pessoas morreram no ataque. Um jornal local informou que 93 cabanas, 20 celeiros e 11 motocicletas também foram destruídos.
Nessa mesma madrugada, uma clínica médica pertencente à uma das igrejas queimadas também foi atacada nas redondezas de Roum.
Onda de ataques
A região está vivendo uma onda de ataques. No início do mês, o Boko Haram atacou duas outras cidades, Mozogo e Moskota, na mesma região de Roum. A região do extremo norte do país, que faz fronteira com a Nigéria, tem sido a mais afetada pelo Boko Haram.
As investidas contra os cristãos não são de hoje. Na verdade, esses ataques começaram em 2013. De acordo com um líder cristão de Moskota, eles já tentaram fugir. “Nós tentamos fugir quando eles atacam, mas muitas vezes cansamos de fugir. No entanto, não há outra coisa a fazer”.
Atuação do Boko Haram
Depois que o presidente Paul Biya declarou guerra (maio de 2014) contra o Boko Haram, o grupo extremista fez com que a violência aumentasse. Em resposta, os jihadistas lançaram uma ofensiva contra posições do exército e outros locais, causando grande dano à população, principalmente às igrejas.
Somente em 2017, o grupo realizou 150 ataques. A maioria na Nigéria, mas houve investidas também em Camarões, Níger e Chade. Segundo a BBC, apesar de o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, ter declarado a derrota do Boko Haram, em 2017, o grupo ainda realizou 23 ataques a mais do que 2016.
Informações do destacamento da missão da ONU no país (UNHCR), o grupo extremista já levou mais de 170 mil pessoas no extremo norte do Camarões a fugir de suas casas. Ao mesmo tempo, a região já recebeu pelo menos 73 mil refugiados nigerianos também fugindo do grupo extremista islâmico. Boa parte dos deslocados são cristãos perseguidos.
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