Casa do Julgamento: E se você pudesse saber o seu destino?

Casa do Julgamento: E se você pudesse saber o seu destino?

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 3:29

Por João Neto - www.guiame.com.br

Quanto tempo lhe resta? Para onde você vai? Quanto vale o seu destino? E se você tivesse a chance de conhecê-lo? Com essas perguntas, a Casa do Julgamento busca chamar a atenção das pessoas para as decisões tomadas em suas vidas e como isso pode afetar no dia do Juízo Final. Já em sua segunda edição - a primeira foi em 2008 - na cidade de Fortaleza (CE), o evento promovido pela Primeira Igreja Batista desde o dia 7 de agosto, tem conseguido ganhar vidas para Deus. Originado na New Creation Evangelism - uma organização sem fins lucrativos dos EUA -, o projeto nasceu em 1984 e, desde então, tem sido adotado por igrejas de todo o Brasil.

A interatividade com o público é um dos diferenciais da peça, que mostra por meio de fatos corriqueiros, situações difíceis vividas por inúmeras famílias - sejam elas cristãs ou não. A proximidade dos espectadores com a cena acontece de tal forma que ao assistir ao espetáculo, o público sente-se dentro da própria história. Para que a encenação ganhe um caráter ainda mais sinestésico, a platéia divide-se em pequenos grupos de aproximadamente 15 pessoas, os quais são acompanhados por uma guia. Além disso, diferentes atores se revezam, interpretando os mesmos personagens para que assim o público possa assistir às cenas sem esperar muito para a montagem dos cenários e maquiagem dos artistas. Tal formato também permite que os grupos possam assistir aos momentos vividos pelos personagens de forma simultânea.

Em entrevista exclusiva ao Guia-me, a diretora geral do evento, Jo Cestari, lembrou que a interatividade com o público já era uma intenção presente nos objetivos do projeto desde a sua criação - na fundação norte-americana -, porém, algumas adaptações culturais e estruturais são necessárias para que a peça desempenhe melhor o seu papel. ''Esse formato de teatro interativo já vem com o projeto. O que nós fazemos é adaptar para a nossa estrutura, criar um suporte logístico para poder produzi-lo aqui na igreja, de uma forma que seja impactante à comunidade. Demos uma nova roupagem, mais identificada com a questão da sensibilidade cultural”, afirmou. Ilustrações de realidades como a violência doméstica, alcoolismo ou até mesmo a brusca perda de entes queridos em acidentes são encenadas, possibilitando momentos de reflexão.

Gospel ou Evangelístico?

Esclarecendo os objetivos da Casa do Julgamento, Jo lembrou que o público que a PIB deseja atingir com a realização deste evento é formado por pessoas que ainda não aceitaram a Jesus Cristo como o Senhor de suas vidas. ''Como um teatro evangelístico e não gospel - porque existe uma grande diferença -, o nosso foco é aquele público que não é crente. Há muitos eventos gospel aqui em Fortaleza, mas esses têm como foco a comunidade evangélica'', salientou.

Apesar de ser direcionada a um público não-cristão, a Casa do Julgamento também pode produzir efeitos na própria comunidade cristã. ''As pessoas podem vir e se identificar com essas cenas. Claro que quem vive uma realidade de violência familiar ou quem já passou pela situação de ter um parente envolvido em um acidente. Os evangélicos que assistirem também vão se identificar, porque esses problemas podem atingir a qualquer um. Não existe essa diferenciação. Ele é evangelístico, porque prega a Palavra não apenas para as pessoas que nunca entraram numa igreja, mas também para a própria igreja. (...) Através dos membros da igreja também podemos alcançar pessoas que não pertencem a ela'', lembrou Jo Cestari.

Equipe

Atualmente, a Primeira Igreja Batista de Fortaleza (CE) conta com a ajuda de 300 voluntários para que a Casa do Julgamento funcione e alcance o seu melhor desempenho. Um total de 80 atores completam a encenação, muitos deles dividindo o mesmo papel. Além da equipe de teatro, Cestari lembrou que os colaboradores são divididos em departamentos, como o de recepção, passando por direção de cena, marketing, cantina, o que soma ao todo 17 equipes. ''Cada uma delas tem um líder e algumas ainda têm sublíderes, conforme a especificidade de cada área. Nós trabalhamos de uma forma participativa. Não existe melhor maneira de conduzir a Casa do Julgamento, senão pela liderança participativa'', salientou.

Lembrando a importância de se trabalhar de forma cooperativa, a diretora-geral ressaltou que o trabalho realizado por cada um dos departamentos tem a sua participação nos efeitos que a Casa do Julgamento pode causar às pessoas que vão ao evento. ''Pelo menos aqui não existe a concepção de que a responsabilidade sobre os efeitos, o sucesso ou o insucesso da Casa do Julgamento, esteja sobre a liderança. Todos na igreja têm que abraçar a idéia e tomar a sua parcela de responsabilidade. Nós chamamos os membros da igreja à responsabilidade de acompanhar, por exemplo, os seus convidados que vêem e tomam uma decisão. Desde o segurança lá da calçada até as pessoas do aconselhamento, atores, todos precisam ter uma atitude de responsabilidade quanto ao bom desempenho da Casa do Julgamento'', alertou.

Semear

Um trabalho com resultados a médio e longo prazos. Foi assim que o líder da PIB de Fortaleza, (CE), Pr. Marcos Vieira Monteiro, definiu a implantação da Casa do Julgamento em sua igreja. Falando com satisfação a respeito do evento, ele apontou os frutos colhidos na segunda temporada da peça. Na edição de 2009 do projeto, já foram registradas pela igreja aproximada 200 conversões. Marcos Monteiro comemorou os resultados, porém lembrou que o trabalho ainda não acabou, pois a Palavra ainda precisa ser semeada nesses corações. ''Nós temos que trabalhar com essas pessoas, para que elas possam compreender o que significa realmente caminhar com Jesus Cristo'', salientou.

Vislumbrando desempenhos ainda maiores com o projeto, o Pr. Marcos Monteiro confessa que é a primeira vez em seus 15 de Ministério na PIB que presencia tantos resultados positivos. ''Eu diria que hoje a Casa do Julgamento é o principal projeto evangelístico para o bairro da Aldeota e para a cidade de Fortaleza. Já estou aqui há 15 anos e nós nunca tivemos nada de tantos resultados em termos de alcançar pessoas que não conhecem verdades básicas da bíblia. A pessoa é confrontada. Cerca de 50% das pessoas que vêem, não pertencem a uma igreja evangélica. Estimamos que vamos ter aqui, nesses dias, cerca de 1.800 pessoas não-evangélicas assistindo à Casa do Julgamento'', comemorou.

Serviço

Local

Primeira Igreja Batista de Fortaleza

Rua Silva Paulet, 1111 - Aldeota

Data das Encenações

Dias 28 e 29 de agosto (Sexta-feira e sábado)

Horário

Das 18h15 às 22h

Mais informações: www.pibfortaleza.com.br

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