Com a aproximação do Natal, muitos cristãos voltam a debater sobre dúvidas que giram em torno do assunto. Em um vídeo publicado nesta quarta-feira (27), os pastores Luciano Subirá e Lamartine Posella esclareceram questões práticas sobre o tema.
“Quando há divergência, nós atacamos ideias e não pessoas”, disse Luciano em vídeo publicado em seu canal no YouTube. “O ponto da conversa não será um ataque, mas uma tentativa de conciliação em uma área que às vezes é muito controversa”.
Lamartine citou uma perguntas mais comuns entre os cristãos: é pecado celebrar o Natal? Em resposta, Luciano explicou que costumava defender que não era necessário celebrar a data, mas passou a “perceber que alguns posicionamentos são muito frios”.
Falando sobre a relação entre a Igreja e o contexto cultural, Lamartine deu como exemplo a passagem do apóstolo Paulo por Atenas, quando apresentou o Evangelho aos gregos por meio da estátua do “deus desconhecido”.
“Você vê claramente a vontade de Paulo de usar a cultura para comunicar o Evangelho”, observou o pastor. “No Natal, o mundo inteiro está falando de Jesus. E agora, se nós abrirmos mão de falar de Jesus, vai ficar só o Papai Noel”.
Falando sobre a preocupação de alguns cristãos em relação aos enfeites de Natal, Luciano disse que é preciso reconhecer que há uma origem pagã.
“O fato é que Constantino cristianizou festas pagãs. Quando vamos na história, já havia cristãos que celebravam o nascimento de Cristo em datas diferentes. É muito difícil, porque dependendo da posição da pessoa, ela vai justificar com uma fonte histórica”, comentou Luciano.
Por outro lado, ele acredita no fator evangelístico do Natal: “O não-convertido tem esse dia em sua cultura para celebrar a Jesus. Deixamos de usar essa oportunidade, numa das poucas vezes que ele está receptivo ao Evangelho, e fechamos essa porta para por causa de algo que não nos faria mal”, avaliou Luciano.
Confira o vídeo completo abaixo:
Lamartine discordou de cristãos que substituem o Natal pela Festa de Hanucá, que teve origem em 164 a.C., quando Judas Macabeus e seus homens tomaram Jerusalém e reedificaram o Templo.
“Eu sou apaixonado pelo hebraico e conheço a cultura judaica, mas os cristãos estão substituindo o Natal pelo Hanucá. É uma festa que não tem nada a ver conosco. Eu vou abrir mão de falar de Jesus para falar de Hanucá?”, questionou o pastor.
Para Luciano, o grande problema da discussão sobre o Natal é quando as pessoas se voltam umas contra as outras para defender sua visão teológica.
“Romanos 14 diz que um julga iguais todos os dias e outro faz diferença entre dias. E Paulo diz: que um grupo não julgue o outro. Existem algumas diferenças que não são nocivas, desde que isso não vire motivo para a gente se acusar e atacar um ao outro — o que infelizmente é o que eu vejo as pessoas fazendo com o Natal”, comentou o pastor.
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