Cientistas comprovam o dia em que o sol parou, descrito na Bíblia por Josué

Pesquisadores israelenses conseguiram encontrar o dia exato em que o pôr do sol se atrasou em quase um dia inteiro, durante uma batalha, relatada no livro de Josué.

Fonte: Guiame, com informações do Times Of IsraelAtualizado: terça-feira, 6 de junho de 2017 às 13:59
Pintura remonta momento da guerra de 1.207 a.C, em que o sol parou. (Imagem: Times of Israel)
Pintura remonta momento da guerra de 1.207 a.C, em que o sol parou. (Imagem: Times of Israel)

De acordo com o relato bíblico descrito em Josué 10:12-14, o movimento da Terra parou por quase um dia inteiro e tardou o pôr do sol, garantindo uma vitória épica a Israel. A história descrita pela Bíblia foi comprovada por uma equipe de cientistas israelenses, com o apoio de dados da Nasa.

Três pesquisadores da Universidade Ben-Gurion do Neguev, em Berbesá, Israel, publicaram um artigo afirmando que naquele momento houve um eclipse solar. Eles ainda conseguiram encontrar a data em que a batalha aconteceu: 30 de outubro de 1207 a.C.

“No dia em que o Senhor entregou os amorreus aos israelitas, Josué exclamou ao Senhor, na presença de Israel: ‘Sol, pare sobre Gibeom! E você, ó Lua, sobre o vale de Aijalom!’ O Sol parou, e a Lua se deteve, até a nação vingar-se dos seus inimigos, como está escrito no Livro de Jasar. O Sol parou no meio do céu e por quase um dia inteiro não se pôs”, diz o trecho de Josué 10:12-13.

Os pesquisadores observaram que outras histórias antigas relatam a paralisação do Sol, mas apenas o relato bíblico menciona sobre a Lua. Isso os levou à conclusão de que o acontecimento se refere a um eclipse, no qual a Lua passa entre o Sol e a Terra, bloqueando a luz solar.

A equipe liderada pelo Dr. Hezi Yitzhak descobriu que houve apenas um eclipse solar na região, que ocorreu entre os anos 1.500 e 1.000 a.C., quando os israelitas entraram na terra. O eclipse foi datado precisamente às 16h28 do dia 30 de outubro de 1.207 a.C.

Os estudiosos também descreveram o local exacto da batalha, traçando a mesma caminhada de 30 quilômetros que Josué e seus homens fizeram para chegar até Gibeão, ao norte de Jerusalém.

O estudo não conseguiu comprovar a origem da chuva de granizo, descrita em Josué 10:11: “Enquanto fugiam de Israel na descida de Bete-Horom para Azeca, do céu o Senhor lançou sobre eles grandes pedras de granizo, que mataram mais gente do que as espadas dos israelitas”.

"Nem todo mundo gosta da ideia de usar a física para provar as coisas da Bíblia, e sei que isso pode ser interpretado como se estivéssemos racionalizando a fé", disse Yitzhak ao site Haaretz no último domingo (16). "Mas há muitas verdades históricas que têm uma evidência arqueológica por trás".

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