Cobrar ingressos para ouvir o Evangelho desvaloriza a mensagem?

Nos Estados Unidos, os valores de ingressos para estes eventos chegam até 799 dólares.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: sexta-feira, 12 de junho de 2015 às 11:58
Cobrar ingressos para ouvir o Evangelho desvaloriza a mensagem?
Cobrar ingressos para ouvir o Evangelho desvaloriza a mensagem?

 

As conferências cristãs tem como proposta ser oportunidade para uma mudança de vida e crescimento espiritual através da partilha do Evangelho, feita por pastores e cantores com a comunidade. No entanto, nos Estados Unidos, os valores de ingressos para estes eventos chegam até 799 dólares, de acordo com apuração do jornal The Christian Post. 

A conhecida televangelista e escritora Joyce Meyer não costuma cobrar taxas, apenas na Conferência de Mulheres, que vende ingressos por 69 dólares. Sua intenção é chegar ao maior número de pessoas com a mensagem do Evangelho. "Nossas conferências são todas gratuitas, com exceção da conferência anual de mulheres, por uma razão simples - nosso objetivo é compartilhar Cristo com o maior número de pessoas possível".

"Atualmente, isso é possível através do apoio financeiro de nossos parceiros. Nós também recebemos ofertas voluntárias", disse uma representante do Ministério Joyce Meyer. "[A conferência de mulheres] envolve mais pessoas, incluindo alto-falantes e músicos convidados, por isso cobramos uma taxa de inscrição."

Frances Javelin, obreira de uma igreja nos EUA, não acha que cobrar por eventos cristãos desvaloriza a mensagem do Evangelho. Ela chegou a argumentar que é bíblico. "Seria realmente lembrar que aqueles que trabalham para a fé também são humanos", disse ela, citando 1 Coríntios 9:13 e explicou: "os que trabalham no Evangelho devem comer o fruto de seu trabalho."

"O dinheiro abençoa o ministério para promover o Evangelho que está sendo pregado", observa James Wefels, blogueiro e músico cristão. "Eventos como shows [devem ter] taxas, mas jantares e comunhões da igreja devem ser gratuitos."

Darlene DiDomineck, responsável por organizar eventos na Igreja Metodista Unida em Nova York explicou que, dependendo do tipo de evento, o custo pode incluir aluguel de equipamentos, materiais diversos e refeições, resultando em uma carga para os participantes. Por outro lado, ela também acredita que estes preços podem ser uma distração da mensagem central do Evangelho.

Na igreja do pastor Tim Winters, na Califórnia, mais de 10 mil fiéis lotam o templo aos finais de semana. "Não cobramos nada", disse Winters. "Nosso orçamento é feito por dízimos e ofertas de pessoas que dão para a igreja."

"Queríamos que as pessoas soubessem que a igreja as ama e se preocupa com elas, que estamos aqui se precisarem de alguma coisa. Nós não queremos apenas ganhar dinheiro. É apenas uma decisão que fizemos há um longo tempo, e isso nunca vai mudar", explicou Winters.

Winters observou, porém, que ele não vê a cobrança de taxas como um problema em outras igrejas. "As grandes denominações como Joel Osteen [da Igreja Lakewood] ou Hillsong, quando alugam grandes arenas, custam lotes e lotes de dinheiro. Eu iria entender, talvez, a cobrança de taxa em cima desse custo, mas não entenderia cobrar uma taxa em cima disso".

 

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