Combate às drogas: o que as comunidades cristãs têm a ver com isso?

Combate às drogas: o que as comunidades cristãs têm a ver com isso?

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:37

Mesmo sabendo que na maior cidade do país, São Paulo, dois eventos deste fim de semana prolongado chamaram a atenção da mídia e dos evangélicos em geral – refiro-me à Marcha para Jesus (quinta, 23) e à Parada Gay (domingo, 26) – ainda assim considero mais importante comentar a passagem, também neste domingo, 26, do Dia Internacional contra as Drogas e o Tráfico, e estimular você à leitura do relatório lançado esta semana pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc/ONU) que, por exemplo, alerta para o consumo abusivo de medicamentos no Brasil – sobretudo emagrecedores à base de anfetamina, e informa que, em todo o mundo, cerca de 210 milhões de pessoas (4,8% da população com idade entre 15 e 64 anos) usaram drogas ilícitas em 2010, e destas, 200 mil morreram como consequência deste problema. Ainda segundo o relatório da ONU: a América do Sul é a maior produtora de cocaína; e o consumo na região também começa a se destacar.  E a América do Norte é o maior mercado de drogas do mundo.

Mas é possível manter a esperança. O impacto da tragédia das drogas sobre a humanidade pode ser mitigado. E, inclusive do ponto de vista da ONU, até as igrejas têm parte nisso. Veja o que diz o secretário-geral da entidade, Ban Ki-moon: “Os governos têm a responsabilidade de neutralizar o tráfico e o uso de drogas, mas as comunidades também podem dar uma contribuição importante. As famílias, escolas, sociedade civil e organizações religiosas podem fazer a sua parte para livrar suas comunidades das drogas. As empresas podem ajudar a fornecer recursos, a mídia pode aumentar a conscientização sobre os perigos das drogas”.

  O diretor da Unodc também fala sobre o papel que as comunidades podem desempenhar na superação dos desafios das drogas: “A prevenção começa com uma comunidade que se preocupa com os mais vulneráveis, e envolve famílias, professores, líderes de jovens e mentores, entre outros. Devemos começar a pensar globalmente e agir localmente para conter o abuso e tráfico de drogas”.

  O Relatório Mundial sobre o problema das Drogas (World Drug Report 2011) descreve a situação do mercado perverso das drogas, os fatores que afetam o consumo, produção e tráfico de substâncias ilícitas que causam dependência química. O slogan da campanha anual da entidade para mobilizar, apoiar e inspirar pessoas contra as drogas é: “A saúde global começa com comunidades livres das drogas”. A ideia é atingir a meta da prevenção, tratamento e cuidados através de apoio às estratégias das comunidades e inclusão das pessoas comuns no centro da resposta. Sabendo que não existem soluções fáceis nem únicas para o desafio das drogas, pois cada comunidade tem um conjunto único de problemas e circunstâncias. É por isso que as ações desenvolvidas com a participação de todos os setores da sociedade – desde famílias até escolas, e desde postos de saúde a profissionais da lei – são as melhores opções para enfrentar tal desafio com mais eficiência e menor custo.

(Por Lenildo Medeiros)

Via Agencia Soma  

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